sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

Desejos imediatos

(Parte 1:)

Filhorinhas 2 - Desejos imediatos


Como pai, fico a observar as crianças dos outros e como são criadas e educadas. (1)

Admiro as crianças japonesas, digo, as crianças filhas de pais de origem japonesa ou oriental, em geral. Pelo menos as que vejo aqui no Brasil e nos filmes. São quietas, caladas. Mesmo que inteligentes e arteiras, o respeito aos pais e tradição são marcantes, chamam a atenção. Não sei como eles, os pais, conseguem esse resultado, nem a que custo (de traumas, medos, ou censuras) para as crianças. Mas, como eu disse, fico com a impressão de que são quietas, caladas e respeitosas.

As crianças pobres, isto é, criadas (se é que pode-se assim dizer, talvez largadas seja palavra mais apropriada) por famílias de baixíssimo poder aquisitivo, também me revelam uma característica comum: parece que são mais pacientes, se contentam com muito pouco, e, com o pouco que têm, se enchem de imaginação para criar seu universo e brincadeiras para encher seu tempo. Se isto nem podem, ficam a fazer nada, com uma paciência e inatividade incrível. Certamente, não lhes sobram opções, mas aprendem rápido a se adequar - ou se conformar, não sei.

Comparativamente, as crianças mais "afortunadas", criadas por pais que lhes desejam tudo de bom ou facilidades que não tiveram enquanto crianças, são mais exigentes: querem de tudo, e sempre, e mais. Nunca se contentam e quase sempre se frustram quando não conseguem aquilo que desejam.

Talvez o mal esteja na forma como lhes educamos. Causa e efeito. Razões e conseqüências. Não saber dizer NÃO, ou acostumá-las que o SIM é possível e fácil, sem muito esforço para alcançar seus desejos, é como não ensiná-las a valorizar seus desejos alcançados.

Preocupado com isto, procuramos dosar o que é dado e o que é negado. Justificando quando não damos, sem querer privá-las do que é necessário a uma vida melhor (pra quem?).

Davi é mais compreensivo e sempre uma boa explicação lhe convence, ainda que fique contrariado.

Já Arthur, este quando quer algo, não há conversa que o convença! Ele fecha a cara, dá-lhe as costas e fica "de mal", emburrado por um bom tempo... E é daquele que não esquece as faltas que você lhe faça, e com o tempo aproveita alguma oportunidade para lhe devolver a moeda ou lhe jogar na cara a desfeita. Isto é terrível. Para ele, os desejos têm que ser atendidos, imediatamente. Esperar acontecer um desejo é algo que precisa aprender ou aperfeiçoar. Mas às vezes o próprio tempo parece conspirar para isto!

Estávamos viajando de carro, pelas estradas no sertão deste enorme Brasil, na região do planalto central, onde predomina a vegetação e fauna de cerrado. Numa dada paisagem, avistamos o que chamei de "plantação de cupins", ou seja, uma quantidade enorme de cupinzeiros (montes de terra onde habitam essa espécie de formigas) no meio.



Sabido que é, Arthur lembrou-se que tamanduás-bandeira são naturais desse habitat.

- Por que você quer ver um tamanduá? É um bicho raro, em extinção... Você acha que vai ver algum vivo, perto da estrada? Eu e sua mãe já vimos, até dois, em tempos e lugares diferentes, mas mortos na beira da estrada, certamente atropelados ao tentarem atravessá-la, e os veículos não conseguem parar em tempo. Se você tiver sorte, podemos até ver algum pelo caminho. Fique atento.

- Mas eu quero ver um vivo! Um tamanduá-bandeira!

- E tem que ser tamanduá-bandeira? esse é o maior deles. E não são tantos. Se ver, talvez seja um pequenininho, e morto no acostamento. Mais fácil ver tucanos voando, atravessando os céus por esta região...

- Eu queria ver um, vivo! - repete ele, decidido. Vai ficar querendo, pensei.

Não demora muito, distraída e apreciando a paisagem, Mirian vê ao longe um cachorro grande, andando esquisito em campo aberto, e este pára diante de algo no chão. De repente, percebe que não era um cão, mas sim um tamanduá! E vivinho da silva!!! Com o carro a 100 km/h, tudo acontece muito rápido! Mas foi tempo suficiente para que todos nós o víssemos com nitidez e deslumbre, em plena ação, metendo o focinho e a língua no cupinzeiro (claro que este detalhe só estava claro na nossa dedução). Pelo desenho e coloração típica da cauda - se é que se pode dizer que preto-e-branco seja "coloração" -, era certo que se tratava de um tamanduá-bandeira! Pena que não deu tempo de registrar a cena: ou era desviar o olhar para pegar e preparar a câmera fotográfica digital, ou era apreciar e memorizar aquele precioso e raro momento, eternizado agora em nossas lembranças.

Ainda empolgado com o privilégio presenciado, eis que vejo no canto da estrada um grande volume se aproximar e passar a 100 km/h, jazido inerte. Era outro tamanduá (eu vi a cauda, e pelo tamanho, também mais um da espécie bandeira)... Este, só eu vi bem. Quando avisei, os outros só puderam confirmar vendo pela janela traseira do carro aquela coisa morta afastando-se.

Foi uma cena triste, principalmente comparada à anterior. Dali a pouco, avisto outro murundum adiante na beirada da pista... Vou diminuindo a velocidade aos poucos e encostando, dando passagem aos outros apressados veículos que vinham atrás, alheios a essas coisas da natureza de nossa fauna, vitimadas pelo progresso do mundo. Até parar bem em frente. E a visão era esta, a da foto aqui publicada. Dá pra ver o tamanho das unhas, do focinho e as faixas brancas nas patas... Outro tamanduá-bandeira, o terceiro do dia! Já era bem de tardezinha. E pelas moscas e vi voando ao seu redor, e o estufamento da barriga, devia estar morto desde de manhã, pelo menos, senão antes.



A viagem prossegue, faltava pouco para chegar ao nosso destino, e queria terminar a jornada logo. Lá na frente, mais adiante, outro bicho morto, desta vez do outro lado da estrada. E quem diria: o quarto tamanduá-bandeira do dia! Nem parei para tirar outra fotografia. Mas todos testemunharam mais este. Eu disse:

- Arthur, dê-se como um cara privilegiado! Poucos são os que têm a sorte de ver um tamaduá-bandeira de verdade, que não seja nas fotos. Você viu QUATRO!!! Se bem que três deles mortos, mas UM ainda vivo, e em seu habitat natural!
(2)

E ele reflete um pouco, e conclui:

- Sim, eu queria ver um tamanduá-bandeira hoje, e vi. É, meus desejos são imediatos! Acontecem quando eu desejo.
(3)

Por sorte, eu mantinha minhas mãos no volante, dirigindo... não sei se esganava ou abraçava o menino!

Ah, por acaso, eu me lembrei daquele sujeito que rezava/orava pedindo para ser mais paciente: "Oh, Senhor. Dai-me paciência... mas TEM QUE SER JÁ!!".



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(Parte 2:)

Comentários pessoais:

(1) Importante: não estou aqui a fazer nenhuma crítica nem levantando preconceitos

(2) "habitat natural" pode parecer barbarismo, mas lembro que pode haver "habitat artificial"mente reconstituído pelo homem, por exemplo em zoológicos

(3) Ele já havia demonstrado dessas, mas isto é uma outra filhorinha...


terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Às compras

(Parte 1:)

Filhorinhas 1 - Às compras


Filhos crescem rápido, e logo-logo temos que sair desesperados a comprar roupas e calçados para eles, que via-de-regra precisam para uma apresentação ou qualquer outra coisa de escola ou festinhas, sempre avisados de última hora. Bem, se bem que não adianta também estarmos sabendo com antecedência de um mês porque nesse meio-tempo aquele vestuário todo pode já estar curto.

E lá fomos às lojas de shopping center, procurando roupas para o filho mais velho, que tinha uma apresentação da escola de música logo mais à noite, e o código seria padrão branco! Claro que ele não tinha nada, opção nenhuma em cada... Imagina! Filhos adolescentes vestindo roupas e tênis brancos no dia-a-dia... É pedir para encardir: chamar de branco, só por mera lembrança!

O par de tênis foi fácil. Achamos um num preço razoável (nunca são baratos!), ele calçou, serviu, gostou (isto é, não contestou - que ótimo!), levamos! Na verdade, sem dizer, ele gostou muito. Tanto que já quis sair da loja com par já calçado.

Depois de rodar muito, procurando, finalmente achamos uma loja que só vendia roupas brancas. Havia 5 atendentes esperando algum cliente entrar. Entramos e uma delas veio nos atender, enquanto as demais continuavam a dobrar algumas peças de roupas para guardar nas estantes, finjindo-se ocupadas. A mocinha atendente, solícita, ouviu o que buscávamos, e entregou uma calça para o Davi experimentar, e este seguiu para a cabine, ouvindo atrás nossos conselhos óbvios mas quase inúteis: "tira o tênis, antes de vestir a calça (nova e limpa)"...

Curiosamente, qualquer pergunta que se dirigia a qualquer uma delas, por exemplo, "que época do ano há mais procura por roupas brancas?", elas hesitavam em responder ou todas olhavam para a mais jovem, que era quem nos atendia, e também quem tinha respostas seguras para todas as perguntas. Obviamente era a mais velha da loja, apesar da jovem idade, e as outras mais maduras seriam novatas no emprego...

Foi quando, o Davi sai do provador com a calça vestida, e que lhe caiu muito bem também! O tênis até combinava com a calça. Parecia um mocinho. E ele foi nos entregando a calça que usava antes, como quem diz "paga logo e vamos embora". Daí, eu e Mirian dissemos quase que uníssono: "Ah, não! você não vai vestido com esta calça branca para casa, não". Traduzindo, o que no fundo pensávamos era: "ela é para a festa de hoje à noite. Se sujar antes, já era! Deixa então para sujar lá, mas pelo menos vai limpo e bonito".

Então ouvimos a resposta que muito nos surpreendeu: "Ah, não! Dá muito trabalho ter que tirar e colocar este tênis. Eu vou assim mesmo pra casa!". A loja inteira pos-se a rir, o que talvez tenha lhe convencido a voltar atrás e "destrocar" a calça.

E nesse esperar, mais perguntas para as atendentes, procurando envolvê-las e também quebrar o silêncio da loja: "qual a peça mais barata que vocês tem aqui para vender?", perguntei (já que tudo parecia tão caro). Como sempre, a mesma mocinha era quem sabia a resposta: "são as camisetas tipo regata, simples, uns 20 reais". O nosso pequeno, que aguardava impacientemente a hora de ir embora, resolveu intervir: "Que nada! São as meias!", mostrando-se observador e atento! A mocinha, meio sem graça, reconhece (que não sabia TODAS as respostas): "É mesmo! Puxa, como ele é esperto! As meias estão na faixa de 5 reais o par... Eu tinha me esquecido delas.".

E a gente pensa que esses garotos não são práticos e que ainda precisam ser ensinados...


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(Parte 2:)

Comentários pessoais:

Temos uma coleção de historinhas de filhos, a que chamo Filhorinhas, muitas reunidas com o propósito de não esquecermos de passagens curiosas e divertidas ocorridas com nossos filhos, e para divulgar por email entre amigos e parentes distantes do nosso convívio diário, e quem sabe posteriormente tornar-se um livro, visto que elas eram do agrado de todos.

Algumas delas foram publicadas em posts pela Mirian (http://caldeirao-da-bruxa.blogspot.com) em seu primeiro blog, no Caldeirão da Bruxa (http://caldeirao-da-bruxa.myblog.com.br).

Aqui vou publicar algumas mais recentes, pelos mesmo motivos que já fizemos antes.

Espero que se divirtam.

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

Sexo cotidiano



Tema polêmico: Sexo cotidiano


Segunda-feira, Terça-feira, Quarta-feira, Quinta-feira, Sexta-feira...

Dizem que todo dia é dia de feira, mas feira boa mesmo tem é no Sábado e no Domingo, que não têm "feira" (no nome)... (rsrs)

A SEXta-feira é SEXy! (rsrs)

Por falar em sexo, quando se fala em sexo, enquanto fantasia erótica, sutil e insinuante, beleza! Mas quando baixa a baixaria, não gosto.

Quando a falação é explícita e desbocada, é muito irreal. Quero dizer, longe da nossa realidade, do nosso dia-a-dia - já explico.

Sexo bem feito, é muito bom, prazeiroso, relaxante, sublime.
Mas sexo também é nojento, e se não estiver no clima, é um desastre.
E sexo mal feito, não é horrível: é perverso, sádico, doloroso, cruel, inumano, é potencialmente traumatizante...
Amor pode até rimar com dor. Prazer, não.
Amor não correspondido, dói.
A dor e aflição de muitos é campo fértil para praticar o amor solidário e fraternal, na busca de cura, apoio e reconstrução.
Se dor física causar prazer, certamente tem algo errado!

Quanto mais você se adentra no universo do sexo - que é viciante -, nunca se sacia, e busca cada vez mais e mais. A ponto de distorcer a normalidade: coisas que pareciam impensadas ou impensáveis, passam a parecer "normais" e "aceitáveis", e todos esses "excessos" que vemos/ouvimos por aí, pra muita gente nem é mais exagero, virou rotina, cotidiano.

O que muita gente faz na louca e insaciável busca do prazer e da felicidade, acaba se arriscando com pessoas que não reagem como esperam/sonham, e acaba se tornando uma roleta russa, uma loteria do amor, do sexo, da perdição. Para alguns (poucos, raros) acaba bem; mas para a maioria das pessoas normais não é bem assim, sendo bem realista.

As pessoas que a gente encontra no dia-a-dia pelas ruas, nas lojas, na escola, no trabalho, em casa, no nosso cotidiano diário, não estão lá naquele limite extremo, lá longe, vivendo e respirando sexo 24 horas por dia, 7 dias por semana. Isto é para quem vive a "indústria do sexo", que vive de sexo e para o sexo, o sexo que se "vende" nas bancas de revistas, nos vídeos e internet.

A nossa realidade, de ser humano, é tentar sobreviver no dia-a-dia como cidadãos normais. Sexo pode ser um tempero gostoso, buscado até. Mas se ele domina nossas ações diárias e corriqueiras, não é o nosso corpo que está viciado, mas nossa mente que está torpe, entorpecido!

Passe um dia olhando pras pessoas que você vê pelas ruas e imagine "será que esse/essa alí faz tudo aquilo, ou alguma daquelas coisas, o tempo todo?". Você pode até imaginar que sim, e se divertir com tal pensamento... Só que se você continuar a observar, vai ver que ele/ela pode até sonhar com isto também em pensamentos, mas a realidade é que ele/ela está ali indo cuidar da vida, talvez de uma vida que odeie e nem quisesse que fosse assim, mas assim é a realidade.

Sexo não acontece o tempo todo...
Nos contos, nos vídeos, nas fotos das revistas, nas conversas, sim: essa é a imagem (sublimiar) que fica.
Quando acontece, aqueles raros, preciosos e eternizados 15 min ou meia hora (e nem é todo dia, nem todo mês) - e, para muitas pessoas, umas poucas vezes na vida -, podem ser tanto de felicidade extrema quanto uma das coisas mais traumatizantes da qual se quer escapar e nem sempre se consegue.

Não, não estou traumatizado. Estou racionalizando em cima do irracional. São apenas "insights". E adentrar-se parece ter relação sexual... (rsrs)

Há quem diga que sexo é, essencialmente, uma invasão de corpos. Sexo é puro prazer e gozo.

Eu penso que sexo é união, integração de corpos e almas. Sexo é complemento do amor e da paixão.

O meu problema é que eu só penso em sexo! O tempo todo. Penso muito, só fico pensando... (rsrs)

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

Você gosta de Desafios?

(Parte 1:)

Você gosta de Desafios?


Teve um tempo, aqui na blogosfera pelos lados que eu passava, que não demorava surgia um desafio, muitas vezes disfarçado num mimo de nome apelidado de "meme".

Inegável: ser referenciado, lembrado, homenageado é sempre uma grande honra! Neste gesto generoso você vê como as pessoas lhe vêem, como elas lhe consideram, e isto é de uma enorme relevância: apontar você conta mais deles do que eles contam de quem indicam. São os seus "amigos virtuais".

Respondi alguns, outros não. Uns são bem bolados, outros parecem intimidadores ou devassam sua intimidade. Deles, o que sempre me incomodou é a "obrigação" de passá-los adiante.

Fato é que, com tantos surgindo por aí, resolvi criar uns. Daí apareceram os seguintes desafios aqui neste blog, convidando a participar quem se dispusesse, sem que fosse nenhuma obrigação, mas mais pelo prazer de aceitar um desafio. Você é meu convidado, confira:

Desafio de Mesdre

Desafio da Construção

Eficaz versus Eficiente

Viu? Gostou? Quer mais? Então, veja o

Desafio de Mesdre II



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(Parte 2:)

Comentários pessoais:

Isto são repostagens. Os originais com devidos comentários da época estão no primeiro blog Relatos de Viagem e Reflexões, no http://mesdre.myblog.com.br/. O browser FireFox do Mozilla se atrapalha um pouco para exibir os blogs do provedor MyBlog, por este motivo este blog foi criado aqui.


sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Desafio de Mesdre II

(Parte 1:)

Sentindo...


Nem tudo que se sente é verdade;
nem tudo o que se diz é sincero;
nem tudo que se pensa se realiza.

Um pouco do como eu me sinto, ou
como sinto meus pensamentos ao pensar meus sentimentos:


Se você sente que não tem nada a ver com essas coisas,
ou sente-se perdido com tudo isso,
ou se nada disso faz sentido,
SINTO MUITO!


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(Parte 2:)

Desafio de Mesdre II - Auto-adjetivação


Eis do que trata o desafio: você se atreve fazer algo parecido?

Não precisa ser uma lista longa, basta apenas procurar por adjetivos que acha que definam você.

No meu caso, eles nunca vêm só, vêm sempre acompanhados de outros atenuantes ou agravantes, mas, no meu entendimento, complementares.

A sua lista pode ser simples e pequena.

Se não servir pra nada, pelo menos ajuda a refletir um pouco ao procurar se conhecer melhor.


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(Parte 3:)

Comentários pessoais:

A lista publicada é apenas uma parte da lista original, muito maior, talvez o dobro... Achei por bem cortar vários nesta lista por motívos óbvios:
1) a lista ficaria muito longa para o post (acho que esta já é grande), e
2) alguns podem ser considerados, digamos, "impublicáveis"... (rsrs)


Eficaz versus Eficiente

( parte 1: )

Eficaz versus Eficiente:


A Eficácia significa fazer as coisas certas, alcançar resultados.

A Eficiência significa a otimização de recursos, algo como fazer mais com menos.

O ideal é ser EFICIENTE e EFICAZ. Raramente isto acontece, em se tratando de pessoas.

Em geral, os eficazes fazem acontecer, mas precisam dos eficientes para se encarregarem do como.

Podemos ser eficientes em alguns aspectos e eficazes noutros.

Ser os dois ao mesmo tempo e o tempo todo é uma proeza, é a perfeição.

Você... é eficaz ou é eficiente?

O quadro abaixo pode ajudar você a se definir (pode contar qual foi seu placar):




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( parte 2: )

Comentários pessoais:

Santa Rita de F-Cássia!
F-Ciência quântica!


quinta-feira, 6 de novembro de 2008

Desafio da Construção

( parte 1: )

Desafio da Construção:


Chico Buarque de Hollanda, compositor e músico inteligentíssimo e eclético, fez uma música, "
Construção", que conta uma história 2,5 vezes, com as mesmas frases concluídas em diferente ordem dos mesmos predicativos, dando um certo novo sentido ao conjunto a cada vez.

O Desafio da Construção consiste em fazer uma lista como a sugerida no post "
E o que mais? ", de 01/11/2007 (e repostado aqui em 05/11/2008), primeiramente da maneira mais sincera que você julgar, e depois repetir os mesmos tópicos só que cruzando as respostas já dadas, ou seja, escolhendo as mesmas respostas noutra seqüência para completar, também de forma plausível e significativa para você, uma outra lista.

Ao final, você deverá ter um outro conjunto igualmente lógico e diferente do original, e muito possivelmente ainda com a sua cara.

Será que você consegue repetir isto pela terceira vez, sem repetir cada binômio tópico-resposta?

Lembre-se: não é para introduzir resposta diferente, mas reutilizar as mesmas da primeira lista.


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( parte 2: )

Comentários pessoais:

Obviamente o título do desafio é uma homenagem ao Chico, que atualmente aparece apenas como Chico Buarque (sem o de Hollanda).

Se você não entendeu nadica, tudo bem. Pelo menos clica no link Construção e curta a música (tem a letra e um video): http://letrasdespidas.wordpress.com/2007/07/12/chico-buarque-construcao



Este post é uma tentativa de contribuição para a Cruzada Pelo Uso Pleno Das Capacidades Cognitivas capitaneada pelo A.Gil em seu blog 100Crise (http://www.100crise.myblog.com.br).


Retrato Falado

( parte 1: )

Retrato Falado:


Esse meme veio de Leticia e Erika (pelo que fiquei sabendo até agora).

É assim: responde-se aos itens do bate-bola/jogo-rápido abaixo e depois indica-se mais 5 blogueiros para responder também.

Eis minhas respostas (sujeitas a alterações, claro, pois "eu prefiro ser essa metamorfose ambulante, do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo"):


Uma hora.............: A hora do amor com a pessoa amada

Um astro.............: do sistema solar: Marte (fascina pelas possibilidades);
do universo: Antares (o outro grande ponto vermelho brilhante no céu noturno, além de Marte; anti-Ares = em oposição a Marte);
do cinema: uma das musas Nicole Kidman, Meg Ryan, Sandra Bullock e Julia Roberts, e um dos clássicos Charlton Heston e Gene Wilder

Uma estação...........: do ano: Primavera;
do metrô: Santana (fica mais "perto" de casa)

Um mês................: Maio

Um móvel..............: Minha cama, onde eu estiver (hum, ehr, quer dizer... computador/laptop/notebook pode ser considerado "móvel", já que "portátil"?)

Um líqüido............: Suco de frutas (de preferência as exóticas como cupuaçu, bacuri, sirigüela, atemóia, goiaba, caju, abacate, etc)

Uma pedra preciosa....: Água-Marinha (e Esmeralda, quando criança); eu na verdade prefiro Prata, mas não é pedra preciosa...

Uma árvore............: Paineira (seguida de perto pelo Ipê Amarelo)

Uma flor..............: Cravo (cheiroso, mas como este é raro, serve rosa champanhe ou amarela)

Uma cor...............: Amarelo

Um animal.............: Peixe-palhaço

Uma música............: Andrea Doria (Legião Urbana)

Um livro. ............: Assim falava Zaratustra (Friedrich Nietzsche), antes;
POSSO TC C VC? (Mirian Martin), agora que foi publicado


Um filme..............: A vida de Brian (Month Phyton)

Uma comida............: A feita em casa, com carinho

Um lugar..............: Pousada do Rio Quente, GO

Um verbo..............: Pensar/Refletir/Questionar (a droga do português não tem UM verbo específico só pra isto, e cada um deles pode ter várias conotações)

Uma expressão.........: Um sorriso sincero (válido para todos, já que beijo na boca só conta se da pessoa amada)

Um número.............: 11 e seus múltiplos, e indiretamente o 23 (= 11h da noite)

Um instrumento musical: Saxofone (Violino bem tocado é um páreo duro)

Um esporte............: Natação (Xadrez é um esporte ou só um jogo?)

Um time...............: Clube Atlético Mineiro (coitadinho!...)

Uma personalidade.....: Ayrton Senna (masculina) ou Maytê Proença (feminina)


Meus indicados a responder são:

- Todos os visitantes que lerem este post e se sentirem interessados a participar voluntariamente. Não quero constranger ninguém a fazer isto por indicação minha. Só peço quem topar que me avise.

- É, eu sei, estou burlando a regra, de várias maneiras - mas honestamente!


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( parte 2: )

Comentários pessoais:

Cravo-de-defunto, que dá em cemitério e fede mesmo, é diferente do cravo (flor), cravo (instrumento musical), cravo (tempero, também cravo-da-índia) e cravo (prego). O cravo que eu me refiro é uma flor macia e de cheiro delicioso, pétalas em geral mescladas de vermelho e branco. Costuma ser usada em lapelas.
Sabe aquela musiquinha: "o cravo brigou com a rosa..." ?

Sirigüela, também conhecida por Serigüela, é uma frutinha do cerrado, laranja quando madura, o dobro do tamanho de uma azeitona, casca fina, caroção, poupa suculenta, sabor ligeiramente azedo mas BEM doce. Deve encontrar em feiras livres.
www.photografos.com.br/exibirfoto.asp?id=45175

Paineira é uma árvore frondosa e tronco espinhudo, fica lindamente florida (rosa), e suas sementes viram tipo chumaço de algodão (paina), que depois plaina no ar (rsrs). Há muito no cerrado e na mata atlântica, mas acho que tem em todo o país. Pode ser que a conheça como barriguda ou samaúma.
http://pt.wikipedia.org/wiki/Paineira

Ipê, outra árvore típica de cerrado e da mata atlântica, tem também roxo e branco, além do amarelo.

Peixe, sim! Afinal é animal, não é? Por que tem que ser animal terrestre? Eu fiquei em dúvida se punha passarinho ou peixe. Como não sei voar e gosto de mergulhar, fiquei com o peixe.

Laptops e notebooks são computadores que você leva para qualquer lugar, portanto são chamados de "móvel", por nos dar mobilidade. (rsrs)

E eu? Como eu disse, prefiro ser aquela metamorfose ambulante. Ainda bem que mudamos, senão não seguiríamos presente adentro, mas ficaríamos ancorados no passado.


quarta-feira, 5 de novembro de 2008

E o que mais?


O que mais buscamos..........: a felicidade
O que mais achamos...........: mais dúvidas
O que mais sonhamos..........: esperança
O que mais esperamos.........: realização
O que mais amamos............: sermos amados
O que mais sentimos..........: insegurança; medo; frustação
O que mais vivemos...........: o momento que não idealizamos
O que mais idealizamos.......: o momento que não vivemos
O que mais nos conformamos...: das impossibilidades
O que mais nos maravilhamos..: das possibilidades
O que mais nos revoltamos....: das impossibilidades
O que mais nos alegramos.....: do reconhecimento
O que mais ensinamos.........: o que não fazer
O que mais aprendemos........: superar ou desistir
O que mais sabemos...........: das incertezas
O que mais vencemos..........: nossos próprios medos
O que mais queremos..........: sermos únicos, mas nunca sozinhos
O que mais precisamos........: compreensão
O que mais merecemos.........: aquilo pelo que lutamos
O que mais conseguimos.......: um dia após o outro
O que mais pensamos..........: um monte de besteiras!

Mesdre

Poema da Paz


O dia mais belo.................: hoje
A coisa mais fácil..............: errar
O maior obstáculo...............: o medo
O maior erro....................: o abandono
A raiz de todos os males........: o egoísmo
A distração mais bela...........: o trabalho
A pior derrota..................: o desânimo
Os melhores professores.........: as crianças
A primeira necessidade..........: comunicar-se
O que traz felicidade...........: ser útil aos demais
O pior defeito..................: o mau humor
A pessoa mais perigosa..........: a mentirosa
O pior sentimento...............: o rancor
O presente mais belo............: o perdão
O mais imprescindível...........: o lar
A rota mais rápida..............: o caminho certo
A sensação mais agradável.......: a paz interior
A maior proteção efetiva........: o sorriso
O maior remédio.................: o otimismo
A maior satisfação..............: o dever cumprido
A força mais potente do mundo...: a fé
As pessoas mais necessárias.....: os pais
A mais bela de todas as coisas..: o amor

Madre Teresa de Calcutá


Desafio de Mesdre

( parte 1: )

O Desafio de Mesdre I:


Pegue um livro (pode servir também um artigo de revista ou de jornal, em colunas).

Comece a ler em linha reta, emendando a linha da página da esquerda com a linha da página da direita, depois seguindo na linha de baixo da página da esquerda e continuando sempre em linha reta, e assim por diante até o fim, de uma página (ou coluna) à outra.

Preste atenção no sentido (=significado) do que você estiver lendo dessa forma.

Muita coisa soará sem sentido algum. Outras terão um sentido novo, inesperado e muito engraçado, divertido.

Pare e anote esta frase e publique (mencione o livro/revista/jornal, capítulo/artigo e respectivas páginas).

Vale continuar a leitura assim para encontrar outras frases e dar outras tantas boas risadas.

Também está autorizado a prosseguir com a experiência em outros livros e leituras depois.

Não precisa parar na primeira frase com novo sentido, pode seguir buscando mais e publicá-las depois.

Mas não se acostume a ler assim, principamente para os outros ou quando estiver estudando... os resultados podem ser desastrosos. rsrs

Depois volte ao blog mesdre.blogspot.com e deixe um comentário que encontrou e publicou frases do desafio no seu blog, webpage, orkut ou onde for, para que possamos ler também. Senão, tudo bem, guarde-as só para você.

Obrigado por sua participação voluntária.

Fique à vontade para propagar esta brincadeira:

o Desafio de Mesdre.

Bom divertimento!


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( parte 2: )

Curiosidades sobre Sistemas de Escrita:


O sentido (=orientação) de leitura é uma convenção.

A direção da escrita também é vista como elemento diferenciador de sistemas de escrita.

Os textos gregos antigos eram escritos numa linha corrida, sem pontuação ou nem espaço entre as palavras. Além disto, o grego antigo era escrito em linhas com direção alternada: uma linha da direita para a esquerda e a linha seguinte da esquerda para a direita, invertendo a direção das letras; o sentido da terceira linha equivalia à primeira e a quarta à segunda e assim sucessivamente. Esse método é chamado de BOUSTROPHEDON, uma palavra grega que significa "da maneira como o boi ara o campo" (ou seja, vaaai, faz a curva e vooolta, em linhas adjacentes).


( fonte: http://ancientscriptsblog.blogspot.com/2011/10/word-of-day-boustrophedon.html )


Os textos com hieróglifos dos egípcios podiam ser escritos tanto iniciando da esquerda para a direita quanto no sentido contrário, ou verticalmente em colunas; a face das figuras indicam o sentido da leitura e apontam sempre para o início do texto; uma vez iniciado num sentido todo o texto segue no mesmo sentido.

Os romanos instituíram a escrita da esquerda para a direita em linhas, que vigora até os dias de hoje no nosso sistema alfabético.

Os chineses e japoneses tradicionalmente escrevem em colunas de cima para baixo e da direita para a esquerda; mas com a globalização, passaram a adotar alternativamente a direção latina (da esquerda para a direita, horizontalmente).

As línguas semíticas (árabe, hebráico, aramáico, fenício, etc) escrevem também da direita para a esquerda, mas em linhas horizontais de cima para baixo.

Os preguiçosos não escrevem.



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( parte 3: )

Comentários pessoais:

Pessoalmente penso que o boustrophedon já era uma forma premeditada dos gregos que queriam impor com sua cultura para dominar o mundo (daquela época), agradando aos fenícios de um lado e aos etruscos e futuros romanos do outro, de modo que todos lessem os textos gregos ora felizes ora contrariados (pelo menos 50% das linhas estariam no seu sentido habitual de leitura), mas lessem! rsrsrs

Senão, por que inventar essa complicação? Já pensou, pegar ao acaso um texto (fragmento de inscrição numa pedra, por exemplo), sem espaço nem pontuação para indicar as palavras e frases, tentar ler num sentido que não é aquele "da vez"? Eu, heim?!



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