quarta-feira, 21 de setembro de 2011

Dá pra devolver?


"Certas 'coisas' dadas,
não tem como pedir de volta!
Ou são impossíveis de serem devolvidas,
ou nunca o serão na integridade,
na forma como foram.
E o que não tem volta,
melhor dar as costas e seguir em frente.
A atitude de dar-se ou doar-se,
é uma via de mão única...
Tolos ou ingênuos são os que acreditam na base da troca."


Mesdre

domingo, 18 de setembro de 2011

Carro popular?


Yes, we have bananas!
Doch, wir haben Samba!
E nós temos Volkswagen.

Em alemão, "Volk" quer dizer "povo" e
"Wagen" quer dizer "carro, vagão, veículo".
Assim, o nome da marca vem de "carro do povo",
no sentido que seria para ser acessível à população...

Particularmente, eu não gosto dos carros da VW...
Mas AMEI este comercial, que está sendo veiculado na TV:



http://www.youtube.com/watch?v=7CDrB3WF_f0


É um show! É lá e cá! De passagem, golaço! Wunderbar!
Espetáculo de simetria, contraste, sincronicidade, precisão.

E o carro manobra sozinho e automático!
Certamente o preço não será nada popular!...


sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Retratos antigos e tempos na memória


"Quando a foto não é nova,
a gente nela é quem parece nova."


Mesdre



"O tempo passa pra todo mundo,
menos na nossa mente."

(quando se trata de lembranças de fisionomias das pessoas)

Mesdre


Bônus:

Alguém está sempre presente nas fotografias:

A sina ensina: assina
http://famainfame.blogspot.com/2009/01/sina-ensina-assina.html


sábado, 10 de setembro de 2011

Escrita: manual versus digital (parte 2 de 2)


Escrita: manual X digital (parte 2 de 2)


Continuação do arigo "Escrita: manual X digital (parte 1 de 2)",
que contastava os seguintes tópicos:
A) Introdução
B) A Escrita
C) Os Sistemas de Escrita
D) Usos e Empréstimos



E) Dominação e Influências

Antes da imprensa, das máquinas de datilografar e dos computadores e celulares, todos os textos eram escritos à mão. Nos tempos atuais isto soa quase inacreditável, tanto quanto fazer contas de cabeça, sem calculadoras ou planilhas.

Enquanto copistas em mosteiros reproduziam livros e pergaminhos, copiando letra a letra, uma por uma, na Europa Medieval, os árabes expandiam seus domínios pela Ásia, norte da África e Península Ibérica, onde influenciaram enormente a cultura literária européia (nosso berço).

Na conquista árabe, diferentemente da grega - que tolerava -, da romana - que impunha -, da católica - que eliminava -, os muçulmanos preservavam, absorviam e se aproveitavam do que encontravam de bom nas outras culturas que subjugavam.

Assim, construiam bibliotecas, colecionavam livros e conhecimentos de vários povos. Trouxeram para o ocidente os algarismos tomados emprestados da Índia e isto viabilizou a evolução da matemática. Trouxeram a bússola e a pólvora, que impulsionaram o expansionismo marítimo europeu, que transformou o mundo em globo. E fundaram a primeira universidade na Europa, em Granada, Espanha. Isto trouxe luz à Idade Média.


F) A Arte de Escrever

A escrita manual com letras romanas é uma tarefa relativamente demorada, e cada caracter exige uma certa quantidade de traços. Isto é ainda mais complicado nas escritas chinesa.



O desenho das letras árabes foi projetado para que estas se interligassem, de modo que uma palavra pudesse ser escrita quase que num só traço, sem tirar a pena (o lápis ou caneta ou pincel) da superfície (papel, painel, parede, tábua).



Isto dá um estilo harmônico à escrita, muito agradável de se ver. Há artes belíssimas, imagens compostas de frases e palavras árabes.


E, o mais importante: propicia uma maneira muito mais rápida de escrever!

Estas características - harmonia e beleza estética, velocidade e praticidade - chamaram a atenção dos escribas (ou escrivães) europeus, que adaptaram as letras latinas num alfabeto cursivo, também chamado de "letra corrida".

Este modo de escrever passou a ter muitos adeptos, e a ser ensinado em cursos que procuravam tornar a escrita mais bonita ainda. Foi chamada de Caligrafia (do grego: cali = bonita, bom + graphos = escrita).



G) Profissão Escritor

Saber escrever cursivo e rapidamente não é sinônimo de escrita legível. Exige coordenação motora nas mãos e dedos, técnica, estilo, paciência e senso estético.

Cada um acaba tendo sua própria letra, ou caligrafia, não necessariamente bonita. Em muitos casos pareceem verdadeiros garranchos, ilegíveis. Algumas pessoas que aprendem ambos os estilos, às vezes optam pelas letras de fôrma, para permitir maior legibilidade de seus textos por outros (até por si mesmo!). (*5)

Por ser uma tarefa e uma habilidade que exige aprendizado, ao longo da história dos povos, os poucos que sabiam escrever ocuparam posição de destaque e privilegiada na sociedade e perante seus governos, que precisavam de quem documentasse oficialmente seus feitos e conquistas, e registrassem suas posses e leis.

A história era feita por todos, protagonizada por alguns, mas transcrita por poucos.


H) Escrita Popular Moderna

A popularização da escrita e a abrangência desta arte acessível a todos é relativamente recente, coisa de 200 anos pra cá (o que é muito pouco tempo em mais de 5 mil anos de história escrita).

Isto significa que, se cada geração ocorre em 30 anos em média, os avós de nossos bisavós eram praticamente analfabetos, mal liam e não sabiam escrever, com raras exceções.

Atualmente quase todos vão à escola, onde aprendem ler e escrever. Pelo menos, teoricamente. Na prática, esse aprendizado se dá em casa e no exercício mediante a necessidade. Mas é inegável a quantidade de pessoas capazes de escrever, bem ou mal, nos dias de hoje.

No século passado, a máquina de escrever, ou de datilografar, era uma facilidade que nos livrava dos garranchos e letras mesquinhas. E se tornou muito popular, por causa disto. Arrumava melhor emprego quem soubesse datilografar e bem...

A evolução tecnológica permitiu a máquina de escrever eletrônica, que trocava tipos de letra para sofisticar o estilo, armazenava algum texto em memória ou visor, que facilitava alinhamentos e correções antes de passar para o papel, poupando papel e retrabalho.

Mas este progresso não durou muito... Pois foi logo substituída por outro ferramental ainda mais poderoso: o microcomputador pessoal, vulgo PC (do inglês, Personal Computer). Nos dias atuais é cada vez maior a quantidade de gente que tenha um ou tem acesso aos PCs.

Até vários modelos de telefones celulares permitem seus usuários escrever textos com eles, e mandar para alguém ou imprimir.


I) A Extinção da Caligrafia?

Com tantas facilidades tecnológicas, estará a escrita manual fadada ao desuso? É o que dão a entender certos analistas de tendências.

De fato, teclados portáteis ou de mesa são muito mais eficientes nas pontas dos dedos (daí o termo "digital") do que papel e lápis ou caneta.

Mas... E se faltar a energia elétrica ou acabar a bateria ou pilhas? Como vai escrever? Solução: na mão! Do digital para manual!

Este pequeno detalhe, da total dependência energêtica seria argumento suficiente para se continuar a ensinar escrita manual nas escolas. (*6)

Depois, tem toda a bagagem histórica da coleção de cartas e documentos, às vezes diários e livros inteiros, escritos assim e que precisam ser lidos e entendidos, para se resgatar memória e História.

A grafologia (*7) pode nem ser ciência exata, mas incontestavelmente a caligrafia de cada um é sua marca pessoal.


J) Conclusão (*8)

Neste mundo sempre teremos pontos-de-vista diferentes e divergentes sobre qualquer coisa. Não é da natureza humana concordar com tudo nem com todos. O pensamento e a alma livres, além da criação, motivação e circunstâncias variadas, permitem que as pessoas divirjam sobre os assuntos, buscando argumentos e meios que justifiquem o que é de seu interesse.

Mas muitas vezes alguns se apegam a raciocínios ofuscados e lógicas distorcidas, muitas vezes omitindo certos aspectos e desconsiderando vários fatores, para prevalecer sua razão.

Não sei que interesses haveria por trás desses especialistas visionários, suportados pelos políticos legisladores, que decretam a morte do ensino da escrita manual nas escolas dos Estados Unidos, alegando tendências da modernidade... Desconfio de motivações financeiras e dominação política, porém nada posso afirmar sem evidências.

Mas espero sinceramente que essa onda absurda não invada a praia do nosso saber e patrimônio cultural da humanidade.

Quero crer que as boas escolas continuem a ensinar o que é bom para a formação das pessoas.

Que uma idéia de futurologia não atropele o presente nem apague o precioso passado!

Afinal, a Escrita anda junto de mãos dadas com a História, feita pelas mãos humanas.


Notas:

(*5 Os formulários pedem para serem preenchidso com letras de forma, para melhor legibilidade, mas principalmente para permitir digitação correspondente das informações em campos limitados nos computadores)

(*6 Pelo mesmo motivo, em nome da independência energética, a aritmética e tabuada devem ser sempre ensinadas e aprendidas pelas pessoas. Apesar de calculadoras, computadores e celulares fazer contas por nós, todos precisam saber fazer contas de cabeça ou no papel e na ponta do lápis)

(*7 A grafologia, do grego graphos=letra + logos=conhecimento, estuda personalidade das pessoas a partir de análise da forma de escrever. )

(*8 Opinião nada conclusiva)

(* Gostaria de saber sua opinião sobre a quebra deste artigo em dois posts. Prefere um único artigo longo e completo, ou em duas partes menores? Obrigado)


quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Escrita: manual versus digital (parte 1 de 2)


Escrita: manual X digital (parte 1 de 2)


A) Introdução

A mídia divulga que, segundo alguns "especialistas", a escrita cursiva vai acabar, está com seus dias contados.

A Rádio CBN noticiou na última semana de julho/2011 que acaba de cair a obrigatoriedade do ensino da escrita cursiva no último estado norte-americano. Ou seja, nos Estados Unidos ninguém mais vai aprender na escola a escrever "de carreirinha", palavras com letras emendadas umas as outras...

Antes de exprimir meu assombro por "especialistas" que afirmam aquilo, ou de expressar minha opinião sobre isto, vamos repassar o que é A ESCRITA e suas várias formas de manifestação.


B) A Escrita

A Escrita é uma das maiores invenções da humanidade. É o registro da idéia, do pensamento, dos fatos. É a forma de codificar a palavra e os sons, para que possa ser lido e interpretado depois, pelo próprio autor, por outros, pouco tempo ou muitos anos e séculos mais tarde. É uma viagem na mente de algum ser do passado ou presente, é trazer à tona civilizações e costumes esquecidos, é reviver aventuras imaginadas ou vivenciadas antes. Para os cultos, é um tesouro. Para os iletrados, é um mistério. Para os ignorantes, é uma mágica.

E o Homem inteligente usou símbolos para associar significados e sons para deixar seu modo de pensar escritos em pedra, madeira, tecido, papel, plástico ou metal, com tinta, fogo, em talhos, encaixes e luz. A esse conjunto de símbolos e suas convenções chamamos de Sistema de Escrita.


C) Os Sistemas de Escrita

Existem diversos (*1) sistemas de escrita.


As iniciativas mais difundidas e duradouras usaram pictogramas e ideogramas para representar palavras, conceitos e sons. Algo como ter um círculo cortado em diagonal sobre um traço horizontal com uma extensão sinuosa para cima numa das pontas, e ler nisto que "é proíbido fumar".


Os exemplos mais famosos desta categoria são os hieroglifos (egípcio), cuneiformes (sumério) e kanjis (chinês). Mas este método exige um repertório muito grande de elementos para se memorizar e poucos são capazes de ler/escrever com facilidade. São sistemas bastante complexos.


Na linha evolutiva natural de tornar o processo de escrita mais simplificado e fluente, aparecem os sistemas silábicos. Exemplos destes sistemas são: indo-asiáticos (tibetano, sânscrito, thaí, birmanês e outros), japonês (hiraganá e katakaná). O grupo de símbolos utilizados para representar os sons de sílabas existentes num idioma reduz drasticamente, e as palavras e conceitos podem ser compostos com reagrupamentos dessas sílabas. Isto permite uma popularização maior da escrita. Mas cada sistema destes funciona melhor ou pior dependendo do idioma para o qual é dirigido, porque cada língua possui características fonéticas que muitas vezes não são encontradas noutras.

Alguns sistemas de escrita simplificaram ainda mais o artifício de representação ao estabelecerem como símbolos básicos apenas as consoantes (sem vogais incorporadas). Exemplos desta modalidade: feníncio, aramaico, hebraico, árabe. Isto permite identificar o "esqueleto" das palavras, mas é preciso conhecer muito a língua (ou o contexto), pois palavras parecidas podem conter as mesmas consoantes, e dependendo da vogal combinada adquirir outro significado (*2).

Percebendo esta necessidade, o hebraico e o árabe introduziram os sinais diacrílicos ao redor das consoantes para denotar as vogais e tornar a leitura mais didátca, mas o uso cotidiano as dispensa sem cerimônia (os leigos que se virem! rs). O devanagari (escrita hindu e sânscrito) e demais derivadas, assim como outras escritas silábicas, também acrescentam sinais/letras para mudarem o valor das sílabas de referência.


Mas foram os gregos, com seu sistema "alfa-beta", que introduziram o conceito da composição da palavras com consoantes E vogais sendo elementos básicos e intercombináveis. Na carona dos gregos, outros alfabetos (ou abecedários) foram inspirados e seguem popular até hoje. Exemplos: romano/latino (que é este nosso, aqui usado), russo/cirílico, etrusco, georgeano, armênio e coreano (*3).



D) Usos e Empréstimos

Cada povo (ou seus governos) adotou um sistema de escrita (por empréstimo ou original) e possuem certas convenções de leitura onde alguns arranjos de letras assumem valores diferenciados.

As letras latinas são base para documentar vários idiomas (*4).


Na Idade Média foi adotado como padrão na Europa por força das conquistas do Império Romano, e posteriormente se manteve pela influência das igrejas católica e protestantes.


Notas:

(*1 Alguns sistemas de escrita antigos nem foram decifrados ainda, a partir dos textos encontrados)

(*2 Exemplificando, NDR poderia ser tanto NaDaR quanto NaDaRia, aNDaRá, aNDaRei, ou até mesmo aNDRé ou iNoDoRa. Sendo mais específico, as letras KTB formam a raiz das palavras árabes: KaTaBa = ele escreveu, KuTiBa = foi escrito, KuTuB = livros )


(*3 O coreano é uma engenhosidade a parte, mereceria um artigo dedicado para melhor descrevê-lo)

(*4 O chinês adotou o pin-ying para transcrever os ideogramas, porém apesar de serem as mesmas letras latinas em sua forma, a convenção fonética é diferente, o que gera uma tremenda confusão. Exemplos: b=p, c=ts, d=t, g=k, i=ê, j=dj, q=ch, r=j, x=s: z=ts, zh=tch... Isto explica porque a capital que sempre conhecemos como Pequim agora se escreve Beigin)



Continua no artigo "Escrita: manual versus digital (parte 2 de 2)",
que prosseguirá com os seguintes tópicos:
E) Dominação e Influências
F) A Arte de Escrever
G) Profissão Escritor
H) Escrita Popular Moderna
I) A Extinção da Caligrafia?
J) Conclusão


segunda-feira, 5 de setembro de 2011

FOTO x ARTE


A pintura de uma imagem fotografada...
A fotografia do quadro desta pintura...

O que vale mais? O que é melhor?

A FOTOGRAFIA DA ARTE?
ou
A ARTE DA FOTOGRAFIA?




Bônus:

133)
Não confunda
"fotossíntese" com "foto do resumo"

134)
Não confunda
"foto-arte" com "artefato"


Outros exemplos da Série Não confunda em "Série Não Confunda"
podem ser encontrados no blog Fama inFame

sábado, 3 de setembro de 2011

Ingrata gratidão


"O calar, o silêncio, a indiferença,
nenhuma manifestação de agradecimento...

Um simples "valeu!" ou "é isso aí!"
teria o mesmo valor de um "muito obrigado!" ?

O falar truncado
não é o mesmo que
o dizer pleno.

Porém, o significado da comunicação
pode transcender à figura da palavra,
seja na intenção,
no olhar,
nas entrelinhas surdas,
no sorriso contido ou largo,
na expressão facial,
no gesto não verbal,
na tradução.

Assim, tudo é relativo,
como a interpretação que fazemos
das coisas e das mensagens que nos chegam.

A gratidão sincera é uma linguagem
que ultrapassa as limitações dos idiomas.
Alcança corações, além das fronteiras.

Mas pode esbarrar no orgulho e egoísmo humano.
Trava nas sombras da individualidade da alma.

Sentir e reconhecer gratidão, é uma coisa.
Demonstrá-la, saber e querer externá-la, é outra coisa bem diferente.

Feliz aquele que percebe isto, e nem se importa...
Simplesmente agradece, sinceramente, pelas oportunidades."


Mesdre


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