sábado, 26 de fevereiro de 2011

Aproveita com vontade


Quando a coisa for boa, aproveita bastante!

Não tente, curta!

Isto se o tra-tra * deixar... ( * = trabalho e trânsito)

A verdade é que são muitas as variantes que nos impedem ou dificultam para fazermos as coisas que realmente temos vontade.



"Quem disse que somos senhores de nossas vidas?
Somente em parte...
na parte que nos compete!"


Mesdre


"As vontades
são só um alento
que foi inventado
para nos distrair
das adversidades!"


Mesdre


"There is no need to complicate:
our time is short! This is our fate... "


Jason Mraz

Tradução:
Para quê complicar?
Nosso tempo é curto!
Este é o nosso destino...
(ter a nossa existência breve = que desatino!)

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

3001 (parte 2 de 2)


Resumi à minha maneira no post anterior estes livros da quadrilogia da Odisséia no Espaço para dar uma idéia do contexto a quem não está habituado com o tema, e para fazer algum sentido no que vou dizer.

Primeiro é preciso lembrar que a Odisséia foi escrita ao longo de TRINTA anos! Uma proeza fascinante, porque muita informação e tecnologia e rumo da história surgiu e mudou durante esse tempo, e ainda assim a obra mantém um fio condutor e uma coerência lógica que requer toda grande criação de romance de ficção científica. Por exemplo, eu li em 2011 um livro de 1996 que muito bem poderia ter sido escrito e lançado no ano passado... Foi só pensando nisto e se atentando à antiguidade dessas datas é que se dá conta da grandiosidade e mérito da obra, que parece nunca ficar obsoleta.

A idéia do monolito em si é muito interessante. Ele funcionaria como um artefato alienígena deixado como um recado para o Homem decifrar na medida que tenha condições, capacidade e competência para isto. Fica a dúvida se ele seria também um agente da evolução da inteligência ou apenas um monitor remoto. Seria um objeto presente? Um monumento passado? Ou uma entidade, estereótipo do que um dia a humanidade se tornará? Mesmo com as explicações truncadas e veladas, entregues e pulverizadas em todos os livros/filmes, esta questão não fica bem resolvida... Ainda bem! Este é o principal mérito da estória.

Arthur Clarke escreve bem. Pelo menos nesta série, usa do recurso de dar saltos entre os capítulos que se seguem, mudando com maestria de cena e tempo e personagens, como se fossem cortes de câmera e foco, sem no entanto deixar frouxo o fio que conduz a estória e seus atores. Em '2010' isto é feito brilhantemente, valorizando a trama do livro, na minha opinião.

Por outro lado, a não continuidade no fluxo da narrativa dá margem a lacunas e possíveis falhas de enredo ou contexto. Nisto, ficam muitas coisas sem explicação - se isto é intencional; mérito dele; se não, pior pra nós.

Por exemplo, admitindo o golpe de sorte do astronauta, morto e largado no espaço. ter entrado em órbita longa ao redor do Sol e ter voltado como um bumerangue intacto e ainda ter sido localizado (como base de sustentação da condução do livro), ele não explica COMO teriam recuperado sem danos irreparáveis um defunto de mais de mil anos, sem que este não estivesse necrosado pelo frio absoluto do vácuo espacial, torrado pela reação do aquecimento solar sem proteção atmosférica, ou contaminado e alterado pelas contínuas variações cósmica sofridas no espaço aberto por tanto tempo. Daí, fiquei o tempo todo pensando em como um outsider (pária, parasita) daquela sociedade futurística gozasse de tantos privilégios sem custo algum ou retaliações (para ele), mesmo com tanto handicap (deficiência) para os "iguais" daquela época.

Outro exemplo foi a idéia do colapso de Júpiter produzir um outro sol, que segue orbitando o nosso Sol. A Terra passaria a ter um "sol duplo" e raríssimas noites escuras. Até aí, tudo é plausível e possível. Mas a forma como se dá, doce e suavemente, sem que um evento cosmológico de tal envergadura nem sequer altere as órbitas ou afete severamente os planetas e luas próximas, isto é algo um tanto improvável, e que quase todos os leitores se negam a pensar, refletir ou questionar (pois estragaria a estória).

Deixando estas questões de lado, como é que ninguém outro antes, passados quase mil anos, tentou desafiar a "ordem" alheia (estranha e alienígena) e pousar em Europa ou mesmo tocar e examinar o tal monolitão de perto? Foi preciso ressuscitar um fóssil humano para somente então alguém voltar a agir como humano em 1000 anos?! Isto me soou muito artificial, antinatural e inumano... Acaba revelando que a intenção de reviver Frank foi apenas servir de ponte para trazer a conexão entre os 3 personagens do primeiro livro, e de quebra serviu como pivô para exercitar ensaios dos possíveis avanços na ciência e medicina que nos aguardam, e que ocupam três quartos deste livro.

Quase no fim de vários devaneios ambientado num desejável mundo futuro da humanidade, Frank da uma de moleque atrevido e burla sem nenhuma dificuldade o milenar esquema espacial da época, e desce no "planeta proíbido" para bater um papinho com seu ex-colega astronauta da aventura inacabada. Tudo fica bem, e o homem que virou não-sei-o-quê (circuito? máquina? espectro? apenas memória com vontade própria de um hiper-ultra-super dispositivo de computador sideral? próximo passo evolutivo da existência humana mas capacho dos criadores do monolito e que o permitiram atingir esse estágio tão rapidamente?), revela que durante a transformação de Júpiter em Lúcifer os criadores do monolito decidiram exterminar todas as criaturas vivas e interagentes do planetão por julgar que não eram inteligentes. E tudo fica por isto mesmo. Frank volta a ter a vidinha pacata, moderna e confortável dele, com mais de (mil e) cem anos idade e tem e cria filhos, vira diretor conselheiro de assuntos Europanos, e assim segue até que...

O autor quis introduzir uma pitada de emoção, suspense e drama na trama que já seguia mormenta e previsível. Faz o fantasma de Bowman+Hal entregar a Poole uma gravação que, entende-se, continha uma revelação ameaçadora que "HALman" teria interceptado POR ACASO (será?!). O problema é que ele segue até o fim do livro SEM transcrever, reproduzir ou sequer resumir aos leitores que raio de mensagem era aquela! É perfeitamente compreensível manter um certo mistério por algum tempo ou capítulos, para deixar o leitor "entrar" na estória. Porém, neste caso, a mensagem passou a ser O ELEMENTO crucial do enredo...

E ficamos sem poder opinar sobre os desdobramentos dos eventos seguintes e atitudes dos envolvidos, justamente por desconhecer o teor da gravação na sua íntegra ou sumarizada. Resta-nos aceitar apenas a impressão daquilo que Arthur Clarke decidiu que seria razoável. - isto poderia ser chamado de "ditadura literária"? O que é um tanto lamentável, porque foge ao padrão de excelência e riqueza de detalhes que caracteriza a Odisséia.

E tudo termina sob uma espécie de competição de julgamentos precipitados sobre uma raça alheia e sem a menor chance de intermediação ou direito de ouvir e/ou negociar com a outra parte (e vice-versa), ou seja, sem oportunidade à justiça, qualquer que seja ela. No fim, prevalece a ação preventiva sendo mais importante que qualquer demonstração de verdadeira inteligência! O que contradiz, basicamente, o que se diz e dá a entender no meio do livro e ao longo de toda a Odisséia desde '2001'. Triste. Fico com a sensação que A.C.Clarke agiu como se fosse um profeta (ou conselheiro?) para W.G.Bush ao decidir pela invasão ao Iraque como forma preventiva ao terrorismo (ou seria um pensamento inconsciente e generalizado dos norte-americanos?)...

Por fim, uma curiosidade conhecida por muitos. Sempre foi comentado que o home do supercomputador HAL teria sido uma jogada sutil em referência ao gigante dos computadores, a IBM: onde a personagem estaria a passo à frente ( na verdade, uma letra antes, para cada componente na sigla: A B c d e f g H I j k L M ... ). Clarke sempre negou que tenha feito isto intencionalmente. Neste livro '3001', apesar de continuar a negar o plágio, ele admite que vai parar de refutar a idéia da genial coincidência, uma vez que a IBM se sente até homenageada com esse "imbrólho". Ah, vale dizer que H.A.L. viria de Heuristically-programmed Algorithmic Language Computer; e I.B.M. vem de International Business Machines Corporation.

Enfim, é um bom livro, de fácil leitura. Tem pontos falhos, mas eu penso que completa o contexto da obra. Apesar de minhas ressalvas e críticas, parabéns a Arthur Clarke!

Sobre as lacunas de lógica, alguém disse certa vez:
"Uma história, um livro, precisa fazer sentido; a vida, não!"
Ora, se a vida que vivemos aceitamos que seja ilógica, por que exigimos que um livro ou uma estória tenha que ser coerente?



( desenhado por AndreM, na década de 80, toscamente colorizado por computador )

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

3001 (parte 1 de 2)


Nestas férias eu li.

Sim, nestas férias eu aproveitei para ler um livro inteiro! E não foi um dos livros técnicos ou de idiomas que geralmente leio... Foi um romance de ficção: "3001: A Odisséia Final", de Sir Arthur Charles Clarke (da Editora Nova Fronteira).

Eu me permito aqui tecer alguns comentários sobre o que li, a quem interessar possa.


O livro é uma seqüência de uma série famosa de ficção científica, que começou com "2001: Uma Odisséia no Espaço" (não li o livro, mas vi o Filme de Stanley Kubrick, de 1967), muitos anos depois veio "2010: Odisséia no Espaço II / O Ano que Faremos Contato" (li o livro, de 1981, e vi o filme, de 1983), seguido de "2061: Odisséia no Espaço III" (de 1985, não li nem firmaram), e encerrado com "3001: A Odisséia Final", portanto o quarto e definitivo livro da série (de 1997, sem filme).


2001 foi mais um roteiro do sensacional filme feito (1967) muitos meses antes de enviarem o homem à Lua (1969). Tal capricho, arrojo e seriedade do filme, comparadas às cenas colhidas e divulgadas pela NASA da aventura lunar de seus astronautas, que certas pessoas duvidam que o Homem tenha algum dia saído da órbita terrestre (e o pouso na Lua seria uma tremenda farsa televisiva).

Resumindo, um misterioso monolito preto (um bloco compacto nas perfeitas proporções de 1:4:9, que são números quadráticos exatos e respectivos de 1, 2 e 3) encontrado na Lua, emitindo sinais de rádio como bipes, origina uma missão da Terra a Júpiter numa nave Discovery I controlada por um supercomputador HAL-9000 e dois astronautas, David Bowman e Frank Poole, enquanto o restante da tripulação de três cientistas hibernava durante a viagem. No meio do caminho, HAL fica "doido". Dave e Frank desconfiam do comportamento psicótico do computador e tentam desligá-lo, que percebe a manobra e isola os dois do lado de fora da nave, além de eliminar os que hibernavam. Frank morre no espaço e Dave consegue assumir o controle da nave desativando HAL. Chega a Júpiter e encontra um monolito em órbita como o da Lua mas muito maior. Vai explorar e se transforma numa "criança estelar". Fim. Um monte de perguntas no ar. No início do filme/livro, sugere que na pré-história um outro monolito na Terra tenha induzido o homem-macaco a usar o cérebro para manipular ferramentas...


2010 vem como o segundo livro (curiosidade: no sistema numérico binário, base [2], 001=1 e 010=2) para explicar muita coisa em aberto de 2001, enriquecido de dados "recentes" obtidos das sondas espaciais Voyager I e II.

Nove anos depois do "fracasso" da missão Discovery I (pois com o computador silenciado e o "sumiço" de Dave, ninguém na Terra sabia o que tinha havido), uma outra missão conjunta entre EUA e Rússia chega a Júpiter para reativar HAL e descobrir o que deu errado. No caminho descobrem que a China partiu com uma nave à frente (omitida no filme), mas ficaram no misterioso satélite Europa (oceânico gelado e com indícios de seres vivos clorofílicos). Enquanto o criador de HAL, Dr. Chandra, tenta religá-lo sem serem eliminados, Dr. Floyd tenta comandar a missão, quando recebe uma mensagem do que se transformou Dave, mandando escaparam urgente dali pois Júpiter iria se transformar num minissol, Lúcifer. E enquanto todos se maravilham com o milagre ocorrido, a Terra recebia a última mensagem do monolito via HAL: podem explorar todos estes novos mundos, mas nem pousem em Europa.


2061 pretendia ser um livro intermediário para contar os avanços futuros da humanidade com base nos novos dados da sonda Galileo (que atrasaram). Então ficou sendo apenas um ensaio de futurologia ao gostinho temperado com a próxima aproximação do cometa Halley.


Enfim faz-se a terceira geração da odisséia de 2001, esperando encerrar com chave de ouro a epopéia futurística.

Em 3001, reaparece o corpo morto, congelado e preservado de Frank, "achado" por astrônomos da Terra e resgatado por um caçador de cometas que "redistribuía" gelo espacial para Mercúrio e Vênus se terratransformarem. Revivido depois de um milênio, aprende a se adaptar aos progressos incríveis da humanidade, tratado com reverência e privilágios de uma peça de museu viva. Vai para Ganimedes e pousa em Europa, habitado por novos seres, para reestabelecer contato com Dave ao lado de outro gigantesco monolito que lá havia, como uma muralha negra de 2 km. Depois de algum tempo, este fofoca uma mensagem aterradora e uma comissão de terráqueos decide sabotar o monolito e o que ele representa. O livro termina com o autor referenciando e agradecendo idéias usadas nos capítulos.


[ Meus e mais comentários sobre 3001 seguem no próximo post, parte 2 de 2 ]


( desenhado por AndreM, na década de 80, um legítimo "guarda-sol" rsrs )


sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

As três melhores coisas, em duas versões



"A melhor coisa da vida é amar;
a segunda é ter alguém que nos ame;
a terceira é quando as duas acontecem ao mesmo tempo."


Mari (do blog Meu Cantinho de Sonhar)



"A melhor coisa do amor é vivê-lo.
A segunda é compartilhá-lo.
A terceira é ter reciprocidade."


Mesdre



Bônus:

Você também poderá gostar de:
As melhores coisas, redundantes

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Bem lógico


"Tudo é lógico.
Mas cada um tem sua própria lógica!"


Mesdre

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Acontece


Enganação:

"Só existem vigaristas no mundo
porque existem otários... ou desinformados!"


Mesdre


O mesmo vale para drogas (e contrabando):

"Só existem traficantes no mundo
porque existem usuários... ou dependentes!"


Mesdre

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Ser e Não-ser


"Justiça pode não existir...
certamente Injustiças existem aos montes!"


Mesdre


"Se Bondade pode não ser fácil de se encontrar e de se impor,
certamente Maldades espalham-se aos montes pelos cantos da Terra!"


Mesdre

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Julgamentos (2)


"Pior do que não ouvir a voz da razão (que podem ser várias),
é deixar de ouvir as vozes dos acusados e suas versões."


Mesdre

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Julgamentos (1)


"Julgar desiguais como iguais, é uma grande injustiça."

Mesdre


"Só o julgar já é uma injustiça..."

D'alai T

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