Parado em trânsito – Parte 4 de 5 : Alternativas
( Soluções comentadas no post anterior não são as únicas )
D) Considerando alternativas
Recentemente, em vez de agilizar obras da expansão do metrô ou das linhas e frotas de ônibus, a Prefeitura do município de São Paulo resolveu alargar as pistas da Marginal do Tietê, uma importante via que liga São Paulo Leste-Oeste e por onde passam caminhões e ônibus de viagem a caminho de outras cidades, atravessando a cidade São Paulo por falta de opção para contorná-la, dentre outras coisas.
Ora, isto não vai resolver nenhum problema. Aliás, cria outros.
Alargar apenas estas pistas só vai conseguir colocar mais carros no mesmo congestionamento. Pois os gargalos, por onde entram e saem os veículos de/para esta "veia" mais larga, continuarão estreitos. Teoria dos fluidos.
Além disto, para efetuar as obras na Marginal do Tietê, a prefeitura interditou parcialmente cinco pontes que cruzam a Marginal (inclusive pontes vizinhas, sem deixar alternativas de fluidez), o que fez tumultuar ainda mais o trajeto de quem usava apenas essas vias perpendiculares e "escapava" do transtorno direto das Marginais.
E o que é pior: bem em período pré-natalino, onde as pessoas (maioria em férias) vão às compras e o trânsito fica naturalmente mais congestionado, shoppings centers lotados e disputas por estacionamentos, etc... Imagina então com as vias em obras e interditadas!...
Eu me pergunto onde estará a engenhosidade da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET)...
Por que não investem inteligência na fluidez do trânsito, criando "Ondas Verdes" nos principais corredores que ligam a cidade, pelo menos?
Não se consegue pegar qualquer grande avenida da cidade e percorrê-la do início ao fim sem parar nos semáforos, seja em qualquer velocidade, seja em qualquer horário. Às vezes chega a ser irritante quando abre o sinal numa esquina, e na esquina seguinte o próximo sinal fecha...
Esse constante arranca-anda-freia-e-pára é nocivo em todos os sentidos:
• para o veículo em si, que para vencer a inércia do movimento (isto é, do estado parado para o estado em movimento) consome muito mais recursos do que a manutenção de um movimento, mesmo que seja baixa a velocidade;
• para o bolso do motorista/proprietário, pois gastar menos recursos significa mais economia de combustível e de manutenção do veículo;
• para a indústria do petróleo e álcool/metanol, pois o consumo de combustível reduzindo representa maior longevidade das reservas petrolíferas e dos campos de plantação;
• para a natureza e meio-ambiente, já que carros em movimento contínuo poluem muito menos do que ao arrancar;
• para a saúde das pessoas, que ficam menos estressadas indo ou vindo de um lugar para outro do que simplesmente presas no trânsito parado;
• para os negócios e a vida da cidade como um todo, pois todos ganham quando há mais agilidade e menos desperdício.
( O que mais a fazer, afinal? Finalizo no próximo post )
Eu ainda gosto dos blogs
Há 2 meses
2 comentários:
Li este post e concordei plenamente!
Feliz Ano Novo!!!
Lola:
Que jóia!
Só fiquei curioso para saber se leu só este post ou todas as 5 partes deste artigo...
Obrigado.
E volte sempre que desejar.
Postar um comentário