Parado em trânsito – Parte 1 de 5 : Problemas
( Isto pretendia ser um artigo a ser publicado num post do blog, mas o tema forneceu tantos pontos a abordar que vou dividi-lo em partes. )
O trânsito de São Paulo não ajuda muito. Atitudes como essas do prefeito Kassab e da CET, atrapalham mais ainda!
Nem vou falar dos problemas diários, como acidentes com motos e caminhões quebrados, tampouco dos problemas naturais, como chuvas com pontos de alagamento, enchentes, blecautes... Vou me ater na essência do problema crescente: o volume de veículos.
A) Descrevendo o problema:
São Paulo é uma cidade que conta mais de 10 milhões de habitantes. As cidades vizinhas, que não são pequenas, já estão fisicamente unidas a São Paulo. Moradores delas cruzam a cidade de São Paulo para irem trabalhar ou voltar pra casa. É o que chamamos de A Grande São Paulo, também designada Região Metropolitana de São Paulo.
A indústria automobilística é a que mais cresce neste país, independentemente de qualquer crise mundial ou nacional. Todos os anos rádios e jornais divulgam que as vendas de automóveis cresceram 130% ao ano! A gente lê e escuta isto e nem pára para pensar... Ora, isto significa que a frota de carros aumentou, de um ano pra outro, 100% MAIS 30%. Ou seja, a cada ano, nos últimos 6 anos pelo menos que eu me lembro, é despejado nas ruas O MESMO tanto de carros novos introduzidos no ano anterior, E mais UM TREÇO desse tanto, sem contar o que já havia!
E não "vendem" RUAS e AVENIDAS na mesma proporção... Quer dizer, este volume todo de veículos, crescente, é confinado a disputar o mesmo espaço físico!
E qual a conclusão matemática dessa soma de fatores? É algo impraticável, caminhando (!) para uma imobilidade total em curtíssimo prazo.
Isto é muito mais preocupante que o tão badalado "aquecimento global", mas tem muito menos repercussão e cuidados. Mas ninguém olha pra isto. Será porque não querem? Eles quem? A população motorista e passageira se preocupa, mas nada podem fazer para resolver a questão. Os que podem preferem dizer que é um mal passageiro...
Tentativas de contenção de quantidade de carros nas ruas da cidade, como o rodízio de proibição de circulação dos veículos com determinadas placas (finais 1 e 2, 3 e 4, 5 e 6, 7 e 8, 9 e 0) em certos dias da semana (segundas, terças, quartas, quintas e sextas-feiras, respectivamente) dentro do "centro expandido" (uma grande região central determinada por decreto) nos horários de pico (entre 7h e 10h, e entre 17h e 20h), é um paliativo, pois retira do congestionamento quase 20% do total da frota, mas só temporário, já que 80% de milhões continua sendo uma quantidade absurda de carros.
O fato é que mais e mais carro vão enchendo as ruas, que não aumentam em número nem largura, e cada dia que passa leva-se mais tempo para percorrer o mesmo trajeto.
Antes, há algum tempo, ainda se podia escolher um caminho alternativo para se fugir do trânsito das principais vias de circulação. Hoje em dia, só se tem uma opção; você pode escolher em qual daquelas alternativas você vai ficar parado no meio do trânsito.
Então, qual seria a solução? É preciso entender por que tem mais carros nas ruas.
( E isto será tema para o próximo post. )
Eu ainda gosto dos blogs
Há 2 meses
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