sexta-feira, 28 de novembro de 2014

A vida vale a pena



Quando me perguntam:
"como você está? como você vai?",
eu penso e respondo:
"sobrevivendo, um dia após o outro,
nem sempre do jeito que eu gostaria,
mas certamente do jeito que Deus quer.",
o que podemos traduzir,
para melhor conforto pessoal,
"uma vitória a cada dia, aos trancos e barrancos".

Isto parece não soar muito feliz...
Pode ser que sim, pode ser que não...
Primeiro preciso encontrar a melhor definição de felicidade,
para depois eu responder isto com mais certeza.

É comum a gente ter dias a se sentir triste,
querendo mudar algo em si,
uma insatisfação interior e de fatos
mal resolvidos há algum tempo
(muitas vezes, muito tempo),
sempre sentindo faltar algo...

Se for homem, logo pensa: é falta de sexo!!
Ah, se tudo fosse tão simples de se resolver assim...
(mesmo assim, esse "simples" é muito complicado! rs)

Porém, para resolver a questão,
muitas vezes, eu me coloco diante do seguinte dilema:
"será mesmo preciso mudar? ou me adaptar?
romper? ou superar?
esquecer? ou tirar lições?"

Daí, diante do impasse, eu me faço a seguinte pergunta:
"suponha que você morra agora e tenha a chance de rebobinar a fita,
recomeçar desde lá no comecinho, de quando você se dá por gente,
você faria diferente? você escolheria mudar?"

Deixa eu desenhar melhor esta alegoria...
A idéia do fazer diferente
não é aplicar essa possibilidade
apenas a algumas coisas (as ruins),
mas a tudo, tudo!
A proposta da troca é para o combo, pacote fechado.

Faz de conta que
enquanto anjinho antes de nascer (ou reencarnar, como queira)
lhe seja dado a opção que conhecer a vida que você irá viver,
seus pais, irmãos, filhos, amigos, inimigos,
as pessoas do bem e do mal
que cruzarão por seu caminho algum dia
e deixarão sua marca em você, e você a sua na deles...
Você faz uma escolha: esta que você tem!

Suponha que, por algum evento raro,
lhe seja dada a opção de escolher de novo:
reviver a sua própria vida já vivida,
ou viver a vida de outra pessoa,
com todos os seus prós e contras,
felicidades e infelicidades...

Eu tenho certeza que, no meu caso, eu escolheria esta mesmo!
(e olha e ainda não terminei, não sei ainda o que me reserva o futuro!)

A minha resposta, quando penso seriamente nisto,
é sempre a mesma, quase convicto:
eu não mudaria em nada!

Acredito que minhas conquistas,
tanto quantos as derrotas,
e minha convicção
foram sempre as mais acertadas que pude fazer e obter,
e não abriria mão delas.

Acredito que eu sou o que sou, graças ao que fui, ou apesar de ter sido.
Não importa! Sei que se apagar qualquer pedaço do meu passado,
já não serei mais eu, eu seria outra pessoa.

Portanto, eu me vejo obrigado a então pensar que
até as coisas que não me agradam
podem ter sido escolhidas por mim mesmo,
como preço do que sou hoje, mesmo sem saber disto antes.
E pode ser que tenha ainda várias coisas boas
me esperando para vivenciar, assim que for o tempo!

Quantas vezes você já se viu numa situação
em que tudo parece perdido, e tempos depois
você se vê noutra situação bem diferente,
que nem havia imaginado que chegaria,
muito menos ainda se tivesse desistido naquele tempo?
Esperar pode ser a mais sábia das atitudes,
quando não se sabe o que mudar nem como.

Então, não é correto lamentar. Posso, mas não devo!




Bônus:

Sobre estes temas, sugiro os seguintes posts:

a) Vitórias versus Conquistas:
http://mesdre.blogspot.com.br/2014/11/vitorias-e-conquistas.html


b) Sobreviver, antes de tudo:
http://mesdre.blogspot.com.br/2012/03/para-sobreviver-num-mar-de-lama.html


c) Detalhes infelizes:
http://mesdre.blogspot.com.br/2011/12/o-quase-feliz-2.html


d) O EU presente são os EUs passados:
http://mesdre.blogspot.com.br/2009/12/o-ego-presente.html


e) A vida como um rio:
http://mesdre.blogspot.com.br/2011/12/mae-sabe-das-coisas-5.html


f) Como vai?
http://mesdre.blogspot.com.br/2010/10/o-tudo-e-o-bem.html


g) Como amanhecer:
http://mesdre.blogspot.com.br/2010/08/como-amanhecer.html


h) Se eu morrer amanhã...
http://mesdre.blogspot.com.br/2010/09/se-eu-morrer-amanha.html





segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Infeliz e/ou Insatisfeito?



Com medo de ser feliz?
Isto te deixa insatisfeito?

O pai de uma amiga lhe disse um dia que
"o medo não nos permite ser feliz".

Eu acredito que
o medo é inerente ao ser humano,
assim como a insatisfação.

As pessoas estão sempre insatisfeitas!
Até quando buscam a satisfação, logo que a alcançam,
com o tempo tornam-se insatisfeitas novamente.

Todos têm medo!
E coragem não é não ter medo,
mas sim enfrentá-lo.




Bônus:

Sobre estes temas, sugiro os seguintes posts:

a) Ensaio sobre o medo:
http://mesdre.blogspot.com/2011/03/bendita-maldicao-bem-dita.html


b) Insatisfação:
http://mesdre.blogspot.com/2011/12/o-quase-feliz.html




sábado, 22 de novembro de 2014

Vitórias e Conquistas



"Sobre um mesmo fato,
de expectativas frustradas,
é possível duas interpretações:
uma pessimista
sobre o que você deixou de ganhar,
e outra otimista
sobre o que você deixou de perder.
Para a mesma situação do realizado,
em que se desconhece o futuro concreto,
desistir ou fracassar pode ser
o que melhor tenha lhe acontecido!"


( Mesdre )




Moral refletida:

A opção A se enquadra
naquelas mensagens com excesso de fé e otimismo,
em que não se deve desistir nunca...
vale como motivação,
mas se tomado como certo e absoluto, pode ser um erro,
quando não se sabe o desfecho que se lhe reserva adiante:
pode tanto ser um pote de ouro,
quanto um profundo vazio de um poço sem fundo.

A opção B é sugere
um aprendizado de reavaliação a cada lição,
em que devemos fazer bem o que nos propomos a fazer,
com fé no sucesso,
mas com a sabedoria e consciência
de que pode haver um momento em que a insistência é teimosia...
é preciso saber reconhecer as conquistas de todas as tentativas,
e saber parar pode ser o momento de se buscar novos rumos e metas.




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