quarta-feira, 30 de junho de 2010

Luzes do amigo (2)


"Pela manhã aprendi a vê-la nos primeiros raios que nos ilumina.
Durante o dia ensinei-me a senti-la num sorriso infantil e na fragância de uma rosa.
No crepúsculo nos encontramos, preparando-nos para as profundezas das estrelas."


Domenico Rotunno (em 10/1980)


terça-feira, 29 de junho de 2010

Luzes do amigo (1)


"Não ignore o 'Sol'
por ele não estar em nossas mãos.
Não é por isso que ele deixará
de emanar 'Luz' em nossas vidas."


Domenico Rotunno (em 11/1980)


segunda-feira, 28 de junho de 2010

Mãe sabe das coisas (2)


"Na vida recebemos 'SIM' ou 'NÃO'.
Por isto devemos receber um ou outro com tranqüilidade.
Se o 'NÃO' dói, pior é o 'TALVEZ', que muitas vezes é fuga.
Procure o 'SIM', mas aprenda a viver com o 'NÃO',
pois estas são as duas alternativas na vida."


Luzia Martin (em 07/1980)


domingo, 27 de junho de 2010

Mãe sabe das coisas (1)


"Mas é assim mesmo:
o que já foi vivido serve pra ser rememorado;
o que se vai viver só pode ser imaginado;
e todos dois estão aquém e além da realidade."


Luzia Martin (em 09/1980)


sábado, 19 de junho de 2010

Amizade mágica


"Toda AMIGA tem mais ou menos um algo
de MAGIA ou de MÁGI+c+A."


Mesdre


quinta-feira, 17 de junho de 2010

Desculpas


Talvez o poema, os bombons, a atitude, a surpresa, ou talvez tudo junto, não sei ao certo.
Só sei que deu certo. Ou não.
O insistente olhar para o terceiro andar resultou num encontro com uma delas, algum tempo mais tarde, numa Casa de Chás da cidade, uma tarde agradável com um bate-papo sem muita intimidade.
Mas... Alguma coisa não deu certo. Ou não. (rsrs)
Bem, também produziu este outro poema, escrito em 09/11/1986.



Desculpas


O tempo mudou,
esfriou, choveu,
fez Sol, ventou...
Veio o Horário de Verão
e tudo agora
é uma hora
mais cedo.

Apenas o que permaneceu
foi minha impressão,
meu medo,
de que não passei
naquele testezinho
que se aplica
a todo vizinho.

A idéia que fica
é que sem querer
nem pensei e falei
algo que tivesse
te magoado bastante.

Se eu quisesse
de fato te aborrecer,
não teria dito nada
tão expontaneamente
e com a sinceridade
que eu quis me abrir
para você descobrir
o que passa por minha mente.

Mas seu silêncio mais forte,
gritando alto, calado,
leva-me a crer
que fiz algo errado...

Em algumas madrugadas,
antes de adormecer,
eu acordo num sobressalto
e a imaginação voando alto:
- "Que terei eu dito
que eu achasse bonito,
mas que na verdade
foi minha condenação?
Mas que falta de sorte!"

Vamos deixar isto de lado.
Se você não entendeu,
o culpado sou eu,
reconheço:
'toda vaidade
tem seu preço!'

Eu estava feliz
porque, honestamente,
pensei ter encontrado
o que sempre quis:
alguém de sensibilidade,
determinação e bondade;
com espírito jovem
e cheia de vida,
com muita coragem
e, por que não,
alguma dúvida;
e uma ávida vontade
de lutar, de vencer,
de evoluir e crescer.

Diante de tanta surpresa,
faço idéia da pessoa ridícula,
das falas, de tudo
enfim, que me fiz passar;
acho que desempenhei
o papel de um tolo:
soltando a emoção presa
acabei por enfiar
minha cara no bolo,
tal como nas antigas películas
dos tempos dos filmes mudos.

Eu devia "me tocar"
e não mais te incomodar
com cartas nem pensamentos!

Não mais insistirei
nesse tema novamente.

Esta será a última vez:
para agradecer a você, que fez,
no seu desconhecimento,
eu viver agradáveis emoções,
sonhos e ilusões.

O Natal ainda distante,
mas seu espírito
sempre presente...

Por isto, antes de me tornar ausente,
agrada-me cumprir o rito
de te desejar,
desde já,
um Feliz Natal,
muita festa, alegria e amor,
para você e todo seu pessoal,
e um Ano Novo muito melhor!


terça-feira, 15 de junho de 2010

Um insistente olhar para o terceiro andar


Este poema foi escrito em 07/06/1986.
Era ano e mês de Copa do Mundo (de futebol).

Uma das coisas que sempre me intrigou em São Paulo é por que fazem tantos prédios com sacadas, varandas e balcões, sendo que ninguém vai lá ou ali permanece para olhar o mundo que passa lá fora. Estão todos tão ocupados... (como dizia Raul Seixas)

Mas quando há jogo de futebol da Seleção Brasileira na Copa do Mundo, é diferente!
Os paulistanos saem às janelas para verem como está a festa pelas ruas (quando o Brasil ganha, obviamente).

Nesse clima festivo, me chamou a atenção ver duas garotas, que pareciam irmãs, no prédio em frente.
Pensei ter havido uma longe troca de olhar... Na verdade houve sim, pois nos demos "tchauzinho". Uma brincadeira atrevida e inocente. (rsrs)

Aquele mês estava frio e claro como este que estamos vivendo agora, de novo em plena Copa do Mundo.
O que me trouxe de volta a este poema, que compartilho com vocês, em primeira mão.



Um Insistente Olhar
para o Terceiro Andar


Perdoem-me minha atitude pouco sutil
na varanda, após o jogo do Brasil.

Eu estava muito contente,
não pelo resultado,
mas sim por ver gente
nas janelas; lamentei ter constatado
que isto só acontece
quando barulho na rua
chama a atenção.

Ninguém mais vibra com a sensação
de ver entre os prédios o nascer da Lua;
e assim não percebe a emoção
que causa esta tão rara visão...
Porque, após um dia agitado
de trabalho ou estudo, se esquece
que agradável remédio
é chegar na janela do prédio
e deixar o frescor do ar,
ainda que poluído, dissipar
pensamentos que te deixam preocupado.

Uma emoção, ainda maior
é perceber que no interior
destas gélidas construções
às vezes também tem gente
que pensa como a gente!

E era essa emoção que eu sentia,
pois dia em que Brasil vence é o dia
em que você olha as janelas
e, feliz, vê gente viva nelas,
pessoas que riem e que brincam,
mas que ainda por algum medo
palavras não trocam...

Que terrível temor é este
em que falar com vizinho
parece sempre cedo?
Talvez é preciso fazer um teste
para conhecer bem que tipo de gente
que mora em frente
antes de dizer um "alozinho"...

Por isso não resisti
em apontar meu olhar apenas para os balões
no céu, e insisti
em apreciar duas preciosidades
tão próximas... e tão distantes!

Eu me pergunto: por que nunca antes
me ocorreu uma dessas eventualidades
de conhecer quem mora ao lado?

Bom, de qualquer forma agradeço
este prazer que não tem preço:
brincar com a imaginação
e um momento de inspiração.

E assim, ofereço
como agrado,
esta caixa **
de doces
a vocês,
de bom grado
e por me fazer
lembrar que nessa faixa
da cidade
a Humanidade
ainda está a viver!


** (e esta carta foi deixada na portaria do prédio junto com uma caixa de bombons finos)


sábado, 12 de junho de 2010

Prisioneiro de si mesmo


"... tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas!"

Antoine de Saint-Exupéry


"Todo homem que escraviza,
torna-se escravo também de seus próprios escravos
(para mantê-los assim)"


Mesdre


"O melhor cativeiro é a liberdade."

Mesdre


Porque se

"Só há liberdade quando há responsabilidade;
senão vira anarquia"


Mesdre


e às vezes, ficamos reféns de nossas responsabilidades,
daí que ter/obter/oferecer a liberdade
também uma forma de cativeiro.


quinta-feira, 10 de junho de 2010

O sofrer do saber


"O saber traz sofrimento,
mas saber do sofrimento traz alívio."


Mesdre


O mais interessante nesta frase, é seu múltiplo sentido, aplicável em mais de uma situação.

O conhecimento pode ser uma coisa boa, mas tem conseqüências nem sempre agradáveis.
Por exemplo:
- É sabido que "as perguntas não trazem mais respostas, e sim muito mais perguntas." (dito popular). E isto trás mais angústias por nunca saciar a sede de saber, que cresce na medida que o conhecimento também cresce.
- Se "A ignorância é prima-irmã da felicidade." (Mesdre), viver de modo simples e isolado numa praia tropical pode ser de rara felicidade, a despeito das guerras e injustiças que acontecem naquele mesmo momento no mundo afora. Tomar conhecimento dessas notícias, pode trazer muita infelicidade pelos fatos em si ou pela impotência de poder resolver.
- Um cônjuge pode ser feliz se ignorar um ou outro deslize ou as "escapadinhas" um do outro... Pois saber que foi corneado, ou pior, saber que é motivo do desinteresse de sua paixão, pode ser muito dolorido.

Para a questão do alívio, as possibilidades também são diversas. Por exemplo:
- Para o médico, o conhecimento da causa do mal (diagnóstico=sabedoria) permite o tratamento (remédio=alívio) pro bem;
- Para o sádico, a notícia ruim (fofoca=conhecer) traz um prazer com o sofrimento dos outros (satisfação=alívio).

Isto é horrivel, eu sei, mas também é verdade.

Mas, no fundo, mesmo com todo o possível sofrimento decorrente,


"O alívio que o saber traz
é mais reconfortante que
o vazio que a ignorância deixa."


Mesdre


terça-feira, 8 de junho de 2010

Um mundo sem amanhã


A esperança de um mundo melhor, de um amanhã melhor...

Não tem jeito, a gente sempre espera que o amanhã venha e que ele traga pelo menos um pouco do que sonhamos e queremos.

Pois esse pode ser
um erro...

É que o "amanhã" NUNCA chega...
Quando ele chega, finalmente, torna-se "hoje"!
Então não é mais o "amanhã", que continuará sempre à frente do "hoje".

Teoricamente falando,

"O amanhã nunca existe, só na esperança."

Mesdre


Então, a gente tem que esperar que o HOJE seja bom, e não o amanhã.

O amanhã? O amanhã, tanto faz...

domingo, 6 de junho de 2010

Filosofia x Sexo


" Melhor que filosofar é 'fi-lo no sofá' "

Mesdre


sábado, 5 de junho de 2010

Medo x Viver


"Diante dos problemas,
desistir ou morrer é a mais fácil das saídas;
sobreviver e enfrentar é a mais corajosa das atitudes."


Mesdre


terça-feira, 1 de junho de 2010

Votos de riqueza


"Eu espero que você
seja regiamente recompensado
pelo esforço hercúleo
que desempenha
com tanta dedicação.
Que a chuva divina
regue e floreça merecidamente
aquilo que você semeia
com responsabilidade e retidão.
Que seus meridianos energéticos
captem só vibrações positivas,
e que sua propagação feliz
se prolongue por eras e eras.
Que assim seja!"


Mesdre


PS:

"Mas que se permita ser perturbado por
incautos, ingênuos, inocentes, infames e bem humorados,
de vez em quando,
porque uma vida só de trabalho é uma merda!
Principalmente trabalho que só dá trabalho!..."


Mesdre


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