Desbravadores Admiráveis
A história da descoberta e conquista do Novo Mundo é muitas vezes mal contada. Sabe-se muito mais das versões (história oficial) do que dos factos (verdadeiros).
Nos tempos atuais, com aviões, internet, comunicação por satélites e "gugolmépis" (= google maps), o mundo parece pequeno e compreensivo, amplamente detalhado nas dimensões, contornos, relevo, clima e vegetação.
Mas no início do Século XVI (entre 1500 e 1600) os cantos do planeta eram desconhecidos e iam sendo mapeados à medida que a Terra ia sendo explorada, e conforme a visão e relatos de poucos homens.
De resto, a fantasia e o imaginário desenhavam o contorno e ambiente dos novos continentes em que se aventurava.
Ainda hoje existem lugares inexplorados ou pouco conhecidos. Mas antes, tudo era novo nas Américas, para os europeus. Muitos vinham em busca de riquezas sem fim, na esperança de encontrar o paraíso dos prazeres.
E quando cá chegavam, davam de encontro com matas e clima pouco hospitaleiros, culturas diversas e muitas vezes incompreensíveis e incompreendidas, e retrucavam com a violência e truculência que sabiam ou com a ganância do poder que os guiavam.
Deixando as motivações e razões à parte, alguns buscaram aqui um mundo realmente novo para abraçar, viver e morrer. E poucos foram os que ousaram e conseguiram êxito.
Estes sobreviventes exploradores eram bravos, nos dois sentidos da palavra:
- pela bravura e valor, com se lançavam nas aventuras mais improváveis e cheias de riscos, e
- pela rudeza e sisudez, com que enfrentavam as imprevisíveis adversidades por que passavam.
Estes foram os pioneiros, os bandeirantes, os exploradores, os bravos desbravadores.
E dentre esses bravos desbravadores, há um cuja história e aventura me impressiona muito. Admiro Álvar Nuñez Cabeza de Vaca.
Irei fazer um resumo de sua impressionante aventura nos próximos posts. Quem gostar e quiser ir mais a fundo nos detalhes e ter sua própria opinião, há dois livros editados em português que dão uma boa e ampla visão, além de um filme mexicano antigo (1991) que encena seu primeiro contato nas Américas:
- Naufrágios e Comentários, da série Os Conquistadores, Editora LP&M, 1987, do livro do próprio Álvar Nuñez e tradução de Jurandir Soares dos Santos.
- Cabeza de Vaca, da Editora Companhia das Letras, 2009, de Paulo Markun
[ ... Continua ... ]
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Há um mês
2 comentários:
Estou gostando do texto Andre. Vou aguardar o desfecho. Abraço
tossan:
Seu comentário e sua atenção é muito, muito, muito apreciado, mesmo!
Passei 3 semanas sem postar, por motivos diversos, e mal retorno para limpar as teias que em seguida você aparece por aqui.
Obrigado por prestigiar e visitar este blog.
Este "resumo" (rsrs) venho escrevendo há algum tempo, vou publicar em partes, para não tornar o texto muito longo e cansativo. Em intervalos de 3 a 4 dias devo postar um dos 3 ou 4 pedaços.
Abraço.
AndréM
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