terça-feira, 31 de agosto de 2010

Sabedoria Mor (...na)


"Uma das maiores sabedorias é saber-se ignorante!"

Mesdre


domingo, 29 de agosto de 2010

Dignidade com disposição


"Trabalha, mas descansa...
Lembra que cadáver em nada ajuda ao outro escravo."


Mesdre


sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Seu bosque


"Os problemas são como árvores:
eles crescem e se desenvolvem,
independentemente de sua presença ou intervenção...
Mas você tem a chance de direcioná-los
para onde pensa que devem crescer (ou podá-los)
e tornar sua vida mais refrescante e cômoda."


Mesdre


terça-feira, 17 de agosto de 2010

Coincidência ou não



Coincidência ou não, dois dos comentários que recebi no artigo anterior, Explosões ou soluções?, falavam de coincidências.

Quando eu era jovem e paquerador, eu usava muito a máxima de que:

"uma vez, é acaso;
duas, é coincidência;
três, é destino."


Ou seja, encontrar alguém interessante neste mundo tão cheio de gente, é um golpe de sorte; reencontrar essa pessoa noutro momento e circunstância, sem forçar a barra, é uma grande e feliz coincidência; mas passar a rever essa mesma pessoa mais vezes, parece ser conspiração do Universo para você entender que não deve deixar passar sem fazer nada, porque algo lhe diz que essa pessoa faz/fará parte de sua vida.

Além de um ótimo pretexto para puxar uma conversa, a frase reúne vários elementos contraditórios ao mesmo tempo. E isto é muito interessante.

Remetendo ao tema de debates e crenças opostas, sorte versus predestinação, em geral quem gosta de acreditar em destino, renega a sorte e o acaso; e quem aposta na sorte e no livre arbítrio, não aceita ser um predestinado.

Eu, pessoalmente, acredito em CAUSA-E-EFEITO. O destino é conseqüência de vários fatores de diversas causas. Não rechaço as coincidências, nem os golpes de sorte, nem as obras do acaso.

( fonte da foto: http://aminhavidaesominha.blogspot.com/2008/06/lanar-os-dados-da-vida.html )


Albert Einstein dizia que "Deus não joga dados", para expressar que tudo é tão complexo que não pode ser resultado de sorte ou azar. Mas também é outra forma sutil de dizer que todas as coisas têm sua razão de ser, porque são decorrentes de outras. Em outras palavras, conseqüências de eventos antecessores.

Por isto, o passado e a história são importantes na explicação do presente e determinação do futuro.

O futuro NÃO pode estar pré-determinado, porque depende de tudo que está acontecendo e de como cada um reagirá e de fatores externos, dos quais não temos consciência ou controle; ou nem tomamos conhecimento, mas que certamente foram desencadeados por outros motivos.

É uma equação de variáveis infinitas, que vão se tornando constantes conhecidas, à medida que vão se revelando em função do tempo.

Isto poderia ser uma definição de vida, ou de futuro, ou de destino...

Uma citação de Mesdre diz que:
"Para tudo tem explicação!
Podemos até nem saber qual seja,
ou mesmo nunca vir a saber...
Mas que tem, tem!"


No caso das coincidências, não creio que haja propósito de sua ocorrência, mas sim razões que as expliquem. Elas são derivadas de causas, que por sua vez foram conseqüência de outros eventos.

Se Deus ficasse maquinando sobre eventos presentes e tivesse que ficar cuidando e manipulando tudo o que acontece no Universo, Ele estaria ocupado demais para planejar algo ou ouvir nossas orações e preces... São muitos interesses contraditórios e em conflito para atender a todos, indiscriminadamente.

Acho que a criação toma seu rumo, na base da causa-e-efeito, e Deus se diverte assistindo... Deveríamos aprender a fazer o mesmo. Com a vantagem de ter consciência de que podemos ser a causa e não só o efeito!

"Não somos produtos feitos,
mas originadores imperfeitos."

Mesdre

Então, isto posto, deixo a pergunta; será que precisamos sentir culpa por sermos causadores das coisas e situações?


Bônus infame:
Das conseqüências e ventos



( fonte da foto: http://jucasblog.wordpress.com/2010/01/08/o-que-e-esse-tal-rpg )

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Explosões ou soluções?

(Este texto é um exemplo prático e conseqüente do que foi dito no post anterior, Como Amanhecer.)


Vou contar algo que me aconteceu estes dias.

Deixo meu carro num estacionamento quando vou ao trabalho. Outro dia: no final do expediente, depois de um dia cheio de problemas para resolver e muita

pressão pra isto ocorrer logo, ou seja, um dia "normal" de trabalho muito estressante, sou premiado com um telefonema de alguém ligando do estacionamento:

- "ô, chefia, acabou de acontecer uma coisa que nunca ocorreu antes... Seu carro ficou trancado com a chave dentro!"

Bem imagina o que se sente nesta hora... Sem chave reserva à mão, justo na hora de ir embora pra casa, com suas outras coisas todas "presas" dentro do carro.

A maioria das pessoas "estouraria" nessa hora. Uma explosão de raiva e de indignação pela impotência diante da situação. E eu pergunto: "resolve?".

O que fazer numa hora dessas?

Esbravejar, gritar com o funcionário, soltar os cachorros e humilhar os outros, iria abrir a porta? Não! Isto só iria deixar todo mundo mais irritado ainda.

Eu penso que é melhor achar soluções do que buscar culpados.

Poderíamos chamar um chaveiro, que talvez demorasse a vir e cobrasse caro. Outra possibilidade seria eu buscar a chave reserva em casa, que ficava longe.

Optei por deixar o carro pernoitar no estacionamento, e ir embora de metrô e de táxi. Serviria também para espairecer ao fazer um caminho e modo de voltar pra casa diferentes e fora da rotina. No fim, revelou-se até mais econômico do que se chamasse um chaveiro.

O comportamento estranho do carro repetiu outras vezes, travando sozinho, com ou sem a chave dentro, o que me levou a procurar uma oficina elétrica para verificar e sanar o problema. Resultado: Uma engrenagem de plástico com um dente quebrado justificou o mistério.


( foto: interior da trava elétrica desmontada com engrenagem de dente quebrado / por: AndreM )



Conclusão:
não deixe que a sua "engrenagem" deixe de funcionar por causa de "dentes quebrados" de outras.



quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Como amanhecer



( desenho: Sol ao amanhecer no horizonte / de: AndreM )

Todos os dias quando você acorda, tem a opção de pular da cama, ligar o modo automático e sair fazendo as coisas que precisam ser feitas. Ou de preguiçar-se longamente e pensar no dia que terá pela frente.

Não precisa ser exatamente quando acordar. É claro que você pode "parar" a qualquer momento para pensar no que lhe aguarda ou nos seus planos. Pode ser durante o café-da-manhã, enquanto se apronta no banheiro, ou pondo-se a caminho de algum lugar (de carro, transporte coletivo, avião ou até a pé), ou durante as pausas para refeição.

Qualquer oportunidade serve, o que importa é a consciência. Ou seja, sair do modo "robozinho" e ter noção pensante da sua realidade.

Mas é bom que seja antes de começar seu dia pra valer, de encontrar as pessoas com quem deve se relacionar de alguma forma, em casa: na escola, no trabalho, chefes, colegas, clientes, e até familiares. Isto vai ser determinante no sucesso, no jeito de interagir com eles, e no seu estado de espírito no restante do dia.

Porque é daí que virá a empatia, simpatia ou antipatia que os outros sentirão por você, e vice-versa. É uma "troca de energia". É dali que decorre a sua sensação de felicidade.

Assim, não importa os problemas que você pensa que tem, não importa quão grandes eles lhe pareçam... Deixe-os do lado de fora.

Pois o mundo não se interessa por seus problemas... Ele já tem os dele! E são muitos. As pessoas já têm os delas. Os seus, por maiores que eles se apresentem, são nada. Mesmo que seja difícil de aceitar isto, mas a verdade é que tão logo você morra: eles desaparecem (pelo menos, para você rsrs).

Inverta a linha de tendência: não espere acontecer, faça acontecer, aconteça! Que parta de você a iniciativa para sua vida ser melhor!

Encha-se de um sorriso, e adentre no recinto, trazendo de carona uma aura de boa-vontade. O sorriso contagia pra melhor, e não custa nada!

Foque-se no que está para fazer, no que estiver fazendo, e nas pessoas com quem conversa. Dar atenção é bom, todo mundo gosta de pessoas atenciosas. Menos os invejosos, é claro.

Não espere que parta delas ou do mundo exterior a oportunidade de melhorar seu dia e o dos outros. Você é o centro do seu Universo e o seu próprio ponto de partida.

Tudo o que fizer bem e de bom, terá retorno, mais cedo ou mais tarde. O único detalhe é que nem sempre (quase nunca) é do jeito que você pensa.

Então, deixe a preocupação de lado e a tristeza de fora, e apenas sinta e aproveite o momento.

Porque este é o que você tem, este é o que está vivendo, este é o seu presente. Seu futuro será conseqüência.

Seja feliz, e boa sorte em seu destino!


"Ocupe-se.
Ocupar-se com certa preocupação é bom,
mas não precisa se pré-ocupar desnecessariamente,
nem se pré-culpar."


Mesdre

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Defesa agressiva


Ele se dizia "feliz", apenas. E eu digo: "feliz, por ter sobrevivido a uma defesa agressiva". Mas como pode ser uma "defesa agressiva"? Não seria o ataque que agride?

Estamos falando de Fórmula 1, do GP da Hungria, corrida ocorrida neste último domingo, dia 01/08/2010 .

No palco das atenções, à frente temos o heptacampeão Michael Schumacher, piloto da equipe Mercedes, ocupando a décima posição. Ao seu encalço vem Rubens Barrichello, piloto da equipe Williams, que passou pelos boxes para trocar os pneus do carro. Com pneus novos e macios num carro muito mais equilibrado, chega rapidamente perto do adversário na pista e desafeto de alguns anos, seu ex-companheiro de equipe na Ferrari, por quem teve que ceder muitas vezes. Havia um quê de eletricidade no ar, anunciando fortes emoções no que se seguiria.

Faltando 6 voltas para terminar a corrida, depois de já ter reclamado por rádio de algum comportamento anormal na maneira de conduzir o carro que vai a sua frente, Barrichello toma embalo e executa uma manobra de ultrapassagem na reta diante dos boxes. O que se vê na seqüência é lamentável...

Schumacher, decidido a fazer de tudo para impedir, muda de direção e leva seu carro cada vez mais para a direita, "empurrando" Barrichello, que estava do seu lado, inteiramente para fora da pista que, neste trecho, era muito larga. As fotos da cena, abaixo, não deixam mentir: a faixa branca demarca o limite da pista
(veja setas amarelas).

Pois Barrichello, decente e leal que é, se afastava do outro carro para evitar um toque e possível acidente de conseqüências imprevisíveis, enquanto o alemão não parecia preocupado com isto e contava com a desistência do brasileiro.

Acontece que do lado de fora da pista tinha um muro de concreto
(veja setas vermelhas)!! E por muito pouco mesmo (questão de centímetros), o carro de Rubens não toca na parede, com conseqüências previsivelmente desastrosas e possivelmente fatais, por causa da falta de espaço intencional deixada por Michael.


Uma manobra arriscada e desnecessária, até malvada. Sim, porque em termos de resultados, era uma disputa por apenas UM pontinho só, pela última posição que pontuava... Não se estava decidindo uma corrida, nem um campeonato. Foi apenas uma batalha de egos.

Do ponto de vista técnico, o carro de trás era mais rápido, não faria muito sentido segurar com jogo sujo.

Do ponto de vista ético, dentro de condições semelhantes, Schumacher não agiu da mesma maneira aguerrida quando os que vinham lhe ultrapassar eram outros alemães, como Nico Rosberg, Sebastian Vettel, Adrian Sutil e Nico Hulkenberg, mesmo estando em escuderias teoricamente inferiores (entre elas, outra Williams)... Nestas horas, o ego do heptacampeão mundial não se ofendeu por ter sido superado pela nova geração de seu país.

Bem, ao escapar deste quase acidente que por muita perícia e sorte não ocorreu, assim que tomou fôlego Rubens pede por rádio a desclassificação (bandeira preta) de Michael. Embora merecida e para ser exemplar, isto não aconteceu; os comissários preferiram punir o alemão só com a perda de 10 posições no grid de largada na próxima corrida e aplicar uma multa simbólica. Saiu barato pro esporte e pro piloto...

Pior foram as declarações de Michael Schumacher nas entrevistas após a corrida. Ele basicamente disse que o outro "tinha espaço suficiente para passar, tanto que passou, que todos conhecem Rubens e sabem o que ele vai dizer (=reclamar), exageradamente", quando indagado sobre sua atitude.

Já Rubens Barrichello, visivelmente indignado, foi mais político. Declarava-se "feliz, que passaria de qualquer forma, que já cedeu muito e se arrependeu disto e que isto já ficou no passado, mas que nesta ultrapassagem ele não precisava fazer o que fez", deixou para os comissários e quem vê TV tirarem suas conclusões.

Sim, feliz por ter lavado a alma, mostrado seu valor, uma semana depois de outro piloto brasileiro ter decepcionado a nação (a despeito do que venha a justificar ou dizer depois, sua atitude passada contrariará tudo). Mas na verdade, ele estava era aliviado! Foi um susto e tanto.

Tanto que, dias mais tarde, talvez porque viu a reprise da cena pela TV, Schumacher admitiu em seu site oficial "que a sua defesa havia sido dura demais, e que não era sua intenção jogar ninguém contra o muro, e desculpou-se caso Rubens tenha se sentido colocado em perigo", segundo informou o jornal A Folha de S.Paulo.

Ou seja, Michael finalmente viu a grande besteira que quase fez. E daí sim, eu acredito que Rubens tenha ficado bastante feliz e viveu para ler isso.


terça-feira, 3 de agosto de 2010

Sábias palavras?


"Em geral, soam como tais.
Se são sábias, são com sais:
dissolvem-se em águas alheias
assim que entram pelas orelhas."


Mesdre

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