Estava contando uma história pros meninos de um cachorrinho perdido na floresta, na hora do almoço para entretê-los enquanto comiam.
Uma vez terminada a história com moral e tudo, resolvi aproveitar o tema e fazer uma charada antiga, para exercitar seu raciocínio.
A famosa pergunta era: "Por que o cachorro só entra até o meio da floresta?".
Para quem já sabe, a resposta é óbvia: "porque depois da metade ele já está saindo".
Mas para quem tem imaginação e/ou preguiça de pensar matematicamente na questão, nós até que nos divertimos com as várias razões apresentadas por eles:
- "... porque o cachorro estava com fome e voltou para comer alguma coisa!"
- "... porque ele era manco, e andava de lado!"
- "... porque ele trombou com a árvore que estava no meio da floresta!"
- "... porque a estrada acabava ali!"
Não, não, não...
Ok, passamos a dar dicas, do tipo "imagina uma floresta fechada/delimitada, como um prato, e tem uma estradinha que atravessa ela inteira, e por que o cãozinho só entra pela estrada até a metade dela?"
Então, o Arthur, que ainda estava comendo (fica por último, como sempre) olha pro prato dele e com ar de quem descobriu a resposta, dispara:
- "Ora, porque eu já comi a outra metade da floresta!" (de fato, ele tinha meia lua de comida no prato...)
E o Davi sai com outra:
- "Ah, porque o ingresso que ele pagou para entrar só dava direito de ir até a metade!"
Bom, por fim entenderam a lógica da pergunta, depois de tantos outras tentativas "originais" (eu nem sonharia em imagintar tantas!).
segunda-feira, 30 de março de 2009
Contos e Contas (1)
terça-feira, 24 de março de 2009
Siga e Diga
"Eu quero dizer,
antes que o Tempo nos leve aonde não tem volta,
para que a Vida faça sentido,
que Pensamentos sejam mais que Palavras e possam realizar-se no Agir,
e que os Sentimentos não sejam um enorme desperdício."
Mesdre
sábado, 14 de março de 2009
Essauna
Introdução:
O texto a seguir é poema narrado em Nhengatu,
língua falada na Amazônia e parente do Tupi,
do idioma falado pelos primeiros brasileiros e paulistanos ancestrais.
Está no vídeo fornecido logo em seguida.
O produtor, Jackson Abacatu, que é gente boa (aba=pessoa + catu=bom),
também é animador e possui um blog.
Estou divulgando aqui, sem seu consentimento ainda,
portanto aproveitem porque este post pode sair do ar
caso ele não goste desta minha iniciativa.
Pessoalmente, acho Muito Bom! Tanto a animação, quanto o texto em si, e a idéia de deixá-lo em língua indígena é interessante e soou melhor neste poema do que a tradução!
Ou seja, uma mensagem que diz muito, muita verdade, em muitas línguas!
Essá-una
Olhos negros durante a noite
Comedores do silêncio
Sombras correm pelo caminho
O medo é grande
Eu estou só
Não tenho abrigo
Onde esconder?
Eu quero ir
Quem me procura?
Eu sei que você anda
Quem me procura?
Mostre seu rosto
O vazio está perto de mim
A verdadeira voz se esconde
Andante, sim, eu sou
Aurora não chegará
Quem me procura?
Eu sei que você anda
Quem me procura?
Mostre seu rosto
Então eu vi o seu rosto
Sem boca, sem nariz
Dois olhos e sem orelhas
Seu nome era claro como o dia:
A Mentira!
Essaúna
Animação com narração na língua indígena
http://www.fiztv.com.br/f/v/12238
Olhos Pretos
Essaúna pitujabé
Uara kiriri sui
Anga nhana apé rura
Xikyssijeba açu
Aicó ojepebe
Nda xe oca i
Marã ngoty mima
Ai potara xe só
Abá xe ekara?
Xe cuaá nde atá
Abá xe ekara?
Ei epiak ukar nde obá
Puraíma pyri ixe bó
Eté nheenga nhenima
Atassuera, pá, aicó
Aracê nda syka ne
Nd´aicó i ojepebe
Aicó apuê oca sui
Mbaé resé mima?
Ai potara monhanga nhum
Abá xe ekara?
Xe cuaá nde atá
Abá xe ekara?
Ei epiak ukar nde obá
Coytê a epiak o obá
Suí sema, suí ti
Mokoi essá, suí nambi
O rerá endi iabé ara:
Moema
quarta-feira, 11 de março de 2009
Para superar problemas
"Enquanto nos orbitamos, o nosso ano não muda de estação."
Mesdre
Somos UM MUNDO de problemas. Eu, você, todos nós! Cada um olhando para seus próprios problemas... E reclamando que nada muda, que vivemos o ciclo da mesmice.
A hora que resolvemos olhar para fora e para os outros, e passamos a orbitar a luz, sentiremos o poder do universo em diferentes tempos e temperaturas.
terça-feira, 10 de março de 2009
Omar de Marte
Amor , uma arte >>
Amor() , uma ar(te) >>
A mor(te) , u ma-ar() >>
A morte , o mar >>
O mar , a morte
Conclusão:
Navergar no amor é morrer em si.
A arte é apenas seu barco, a nau que nos conduz até seu fim.
O fim é apenas sua arte, que nos conduz ao barco, à nau.
Naufragar pelo caminho, nu na caminha ou enquanto a nau caminha, não é um projeto, é apenas parte do trajeto, um fim antecipado, não importa a arte de navegar.
Navergar no amor é morrer em si.
Navergar em si é morrer no amor.
Se morrer é o fim de quem navega ou ama, não seria uma arte naufragar amando?
domingo, 8 de março de 2009
Eugênia versus Eu mudo
- Eu? Eu, mudo sempre.
- E eu? Bem...
"E eu, sempre mudo... calado...
Se fico mudo, amuado, não falo,
Então eu falo: 'eu mudo!'
Daí a mudança ocorre:
a esperança corre como criança!
Amuado e amado não combinam.
Sem amaciar o amor-próprio e a auto-estima
resta o estigma de nem amar a si próprio em baixa.
Rebaixa, então, o 'pra baixo', do resto.
E ama, amacia seu ego, pro alto.
Assim, estimamos melhoras,
que é próprio da muda do amor
a ser plantada e regada
com muito suor e festança!"
- Você quem escreveu isto?
- Sim, agora, de improviso. Por isto ficou muito horrível, chocho, e um tanto piegas, não acha?
- Eu achei bem genial... Um dia eu aprendo a usar assim as palavras.
- Bom, se você achou legal, entao ficou bom e legal. Minha opinião não conta...
- E a minha, conta?
- Claro! Você achou legal, não foi? Então!... passou a contar. Só não conta (pro outros) a minha opinião (inicial). (rsrs)
- Em resumo:
"Se eu fico mudo/muda... eu mudo... tudo muda.
Quem sabe nesta mudança, mudo, me amo melhor?"