domingo, 27 de outubro de 2013

Futurologia furada


Quando eu tinha menos de 10 anos, eu vi 2001 no cinema, na hora não entendi muita coisa, mas soube que queria ser astronauta, viajar pelo espaço, pilotar naves, mesmo que fosse para um vôo solitário e talvez ao encontro da morte fria e silenciosa.

Em 1969, vi pela TV o homem pousar e caminhar na Lua, acreditei que aquele mundo futurístico estava definitivamente chegando, e que era tudo mesmo uma questão de tempo até que todos aqueles filmes de ficção científica (via todos!) se concretizassem numa vida espacial e melhor.

Mas os anos foram se passando, e cada vez menos a humanidade superava-se em melhorias, em vez disto mostrava seu lado mais sórdido, político e interessado financeiramente.

Fui ser engenheiro eletrônico, algo mais próximo da Nasa que eu imaginava que poderia chegar, já que não existia cursos de astronautas, e o sonho da conquista espacial estava sendo deixado de lado.

Nunca exerci profissão como engenheiro, mas como analista de sistema, já que os computadores pessoais ganhavam espaço neste mundinho da gente!

Os computadores se mostraram poderosos, trazendo uma realidade gráfica e visual que ficava na ponta de nossos dedos, e campo fértil para onde a imaginação desejasse chegar e realizar.

O mundo virtual ficou popular, o cinema nos leva a ilusões fantásticas, fazendo até desconfiar que a ida à Lua não passasse de um grande show televisivo e sustentado pelo governo norte-americano em plena guerra fria, o qual nega com todas as suas forças e até quando puder, desmentindo evidências.

As redes sociais e os recursos móveis dos smartphones e o alcance da internet, fizeram-nos ficar cada vez mais distantes do espaço sideral e real. Nosso mundo é este.

Quando os aviões bateram nas torres gêmeas e estas vieram abaixo, um pavor me tomou conta. Não do terrorismo iniciar a 3a. guerra mundial, ocidente contra oriente médio. Mas do colapso que este mundo que conhecemos entrará, quando nos faltar energia, por exemplo, por qualquer que seja o pretexto bélico.

Percebi que tudo o que eu fazia, toda minha experiência, minha bagagem profissional, de nada valeria.

Os serviços não funcionariam, nada: hospitais, trânsito, nem elevadores, nem catracas de metrô, nem geladeiras, supermercados, abastecimento às grandes cidades, coleta de lixo. Um cenário apocalíptico, sem ETs invasores, sem muçulmanos fanáticos ou norte-americanos capitalistas se achando donos do mundo, descortinou-se diante de mim.

Vi que nada do que prezamos hoje, como benefícios e etc, valem sem a energia elétrica. A dependência é total!

E ninguém se move no sentido contrário. Seguem acreditando que um dia alguma coisa vai melhorar, que não tem importância deixar de ensinar conhecimento e que não precisa se pensar nas gerações futuras, no mundo que deixaremos para nossos filhos, netos e quem sobreviver até o século 25 e além. Há uma tendência em emburrecer a nação, tirar o eleitorado da pobreza sem lhes dar condições para sobreviverem sem as ajudas de custo, bolsas famílias, moradias, médicos importados e etc. Porque o dia que isto faltar, tal como a energia, o "fim do mundo" como o conhecemos se instaurará.


Conclusão:

a ficção tem que fazer sentido;
a realidade, (infelizmente) não!




(Discovery rumo a Júpiter)

(Astronauta na Odisséia)

(Astronauta em órbita)

(Naveta de serviço, saindo da Discovery)

(Era tudo brincadeira!)

(A ilusão que pareceu verdade)

Related Posts Relacionados with Thumbnails