sábado, 2 de julho de 2011

Dança cansa


É, tem uma hora que TUDO cansa!

Pra quem gosta, até dançar cansa!
Dançar muito, doem os pés, as pernas, o quadril, os braços...
E se dança errado, cansa mais ainda.

E quem não gosta de dançar, pode estar sujeito a outro tipo de "dança":
aquela que que se "dança" sem música, fora do compasso e a toda hora perde o passo...
É o popular jeito de dizer que se deu mal, que saiu perdendo, que foi pego no contra-pé, surpreendido quando não devia, etc...
É, até disto a gente cansa! De dançar o tempo todo, de um jeito ou de outro...

Até de comer e encher a pança, a gente se cansa!
Por mais gostosa que seja a comida, uma vez comida, tem que sair...
E essa coisa de come e caga, entra e sai, todo dia, sempre, não há fome que aguente! Cansa também!
Não há comida que chegue: mesmo saciada a fome, ela volta.
Não há cozinha e despensa que resista: tem sempre que ser reabastecida e bagunçada.
Fazer comida é uma arte! Cozinheiras/os são meio magos das panelas, alquimistas dos alimentos, feiticeiros do sabor.
Mas o fazer arte todo dia, mesmo que se invente para não ficar repetindo, exige criatividade.
E ser criativo a todo instante, ainda que seja um dom inato, acaba por cansar.

Ah, e os problemas?... Estes nos cansam muito mais ainda!
A gente teima, insiste, briga, resolve, contorna, disfarça, ignora...
E tem mais aparecendo, sempre surgindo, novos ou velhos zumbis, a atormentar...

Mesmo as coisas que a gente escolhe, quer muito, e acabam acontecendo...
Profissão, filhos, casamento, família, amigos, lazer...
Porque tem também a rotina, falta de novidades, até novidades demais...

O problema não são os problemas, nem a vida, nem os outros...
Porque tudo isto foi feito para enfrentarmos!

O cerne da questão é com a gente mesmo, nós próprios, o eu de cada um!

Uma hora, a bateria arria! A vida consome.
Se não cuidamos de recarregar, reavaliar, reponderar, reequilibrar, recalibar, rebalancear as coisas em geral, nossas coisas, a nossa vida e tudo que nos cerca, acabamos pode nos deixar envolver, e ser sucumbidos pelos tsunamis de problemas e maus pensamentos.

Porque é sempre mais fácil ceder...
É sempre mais fácil reclamar, esbravejar e colocar a culpa nos outros...
Haveria culpados? Seria tudo sem solução? Tudo acabado?

Prefiro pensar que é só uma questão de reconsideração da situação.
Que seja possível retomar fôlego, de alguma maneira, e rever e revisar as atitudes e possibilidades.
Porque limitações sempre existirão. As próprias e as externas.

E por que amaldiçoar o limão azedo, e não fazer dele uma doce e refrescante limonada?



"Se cansou, descansa!
Recomeçar sempre vale a pena!
Desistir não deve ser uma opção."


Mesdre

9 comentários:

Vivian disse...

...o negócio é dançar,
porque a dança é
o sorriso do corpo.

e um corpo de bem com a vida,
aguenta todos os trancos.

é ou num é?

bj

Andre Martin disse...


Vivi-inFoco:


É. E para isto que servem os bancos...
Para descansar entre os trancos! rsrs

E como se diz por aí: de um jeito ou de outro, a gente dança! hahaha

MA FERREIRA disse...

Pois é..tudo que é demais enjoa..
e cansa!!

Equilibrio sempre!

No meio de tantos papéis a serem desempenhados eu estava me sentindo uma verdadeira panela de pressão. Ou pra ser mais elegante..uma garrafa de champanhe..fechada.
Pronta pra explodir. Por que me foi ensinado que eu tinha que ser perfeita.
E eu por algum tempo acreditei.

Acreditei a ponto de não saber mais quem eu era. Isso é muito ruim, esta sensação.

É como se fosse uma artista desempenhando um papel por 24 horas.

Só que nada é pra sempre. Um dia a gente acorda.
Este dia sempre chega. Para uns demora mais que para outros. Alguns quando percebe a cheagado do dia acorda. Outros preferem continuar dormindo.
Acordei. Não tinha opção. Ou mudava aquele quadro ou me enterrava logo de vez.


E o pior era que não me via como culpada de me sentir daquela maneira, se é que culpa existe. Acabava colocando achando que as pessoas que me rodeavam tinham a obrigação de me compreender e de me fazer feliz.

O ego fala mais alto as vezes..

Um dia acordei e resolvi. A partir de hoje vou voltar a ser quem eu era. Porque eu lembrava quem eu era..rs só não era..entendeu?? meio confuso..

Fui fazer terapia o que ja ajudou, descobri a ceramica, o que me trouxe vida, conheci o Brahma Kumaris que me mostrou que todos os recursos que eu precisava estava dentro de mim.

Costumo escrever na primeira pessoa, porque falo com propriedade pois já passei pela coisa.

E digo..nada é para sempre. Podemos renascer
hoje, agora, ou morrer em vida.
Mas nunca podemos dizer que não tivemos escolha.

É só acreditar no Deus que habita em nós..

Se cansa..descansa...como vc bem escreveu acima..


bj..

Ma



seguindo o tour..rs

3/7/11 19:26

Andre Martin disse...


MaFerreira:


Isto, mais que um comentário, é um belo depoimento que enriquece este post. Escreves muito bem.
Muito obrigado pela contribuição.

:.tossan® disse...

Se me derem um limão eu faço uma Caipirinha para não dançar sem a música. Que texto hein! De mestre que sabe e percebe muito. Abraço

Eliana disse...

Oi Andre, obrigada por me seguir e por tudo que escreveu no meu blog, gostei muito.

Áh! Amo dançar. Amo, amo e amo rsrs... danço até sozinha em casa, e me faz um bem enorme! Quando saio com meu esposo para dançar, que ele cansa e senta, eu continuo dançando sozinha de frente para ele.

Tenha uma ótima noite!!! Um abraço

Andre Martin disse...


tossan:


Grande pedida, a da Caipirinha!
Para uns, não passa de uma limonada estragada... Para outros, é justamente a graça de transforamr a limonada em algo mais interessante!

Obrigado pela gentileza da visita e do comentário.

Andre Martin disse...


Eliana:


Quem dança, balança a pança,
e não deixa a esperança
de voltar a ser criança
enquanto os pés trança
no meio da pista de dança.

Eliana disse...

Rsrs... ADOREI!!!

Tenha um ótimo dia!!! Beijos

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