quinta-feira, 17 de junho de 2010

Desculpas


Talvez o poema, os bombons, a atitude, a surpresa, ou talvez tudo junto, não sei ao certo.
Só sei que deu certo. Ou não.
O insistente olhar para o terceiro andar resultou num encontro com uma delas, algum tempo mais tarde, numa Casa de Chás da cidade, uma tarde agradável com um bate-papo sem muita intimidade.
Mas... Alguma coisa não deu certo. Ou não. (rsrs)
Bem, também produziu este outro poema, escrito em 09/11/1986.



Desculpas


O tempo mudou,
esfriou, choveu,
fez Sol, ventou...
Veio o Horário de Verão
e tudo agora
é uma hora
mais cedo.

Apenas o que permaneceu
foi minha impressão,
meu medo,
de que não passei
naquele testezinho
que se aplica
a todo vizinho.

A idéia que fica
é que sem querer
nem pensei e falei
algo que tivesse
te magoado bastante.

Se eu quisesse
de fato te aborrecer,
não teria dito nada
tão expontaneamente
e com a sinceridade
que eu quis me abrir
para você descobrir
o que passa por minha mente.

Mas seu silêncio mais forte,
gritando alto, calado,
leva-me a crer
que fiz algo errado...

Em algumas madrugadas,
antes de adormecer,
eu acordo num sobressalto
e a imaginação voando alto:
- "Que terei eu dito
que eu achasse bonito,
mas que na verdade
foi minha condenação?
Mas que falta de sorte!"

Vamos deixar isto de lado.
Se você não entendeu,
o culpado sou eu,
reconheço:
'toda vaidade
tem seu preço!'

Eu estava feliz
porque, honestamente,
pensei ter encontrado
o que sempre quis:
alguém de sensibilidade,
determinação e bondade;
com espírito jovem
e cheia de vida,
com muita coragem
e, por que não,
alguma dúvida;
e uma ávida vontade
de lutar, de vencer,
de evoluir e crescer.

Diante de tanta surpresa,
faço idéia da pessoa ridícula,
das falas, de tudo
enfim, que me fiz passar;
acho que desempenhei
o papel de um tolo:
soltando a emoção presa
acabei por enfiar
minha cara no bolo,
tal como nas antigas películas
dos tempos dos filmes mudos.

Eu devia "me tocar"
e não mais te incomodar
com cartas nem pensamentos!

Não mais insistirei
nesse tema novamente.

Esta será a última vez:
para agradecer a você, que fez,
no seu desconhecimento,
eu viver agradáveis emoções,
sonhos e ilusões.

O Natal ainda distante,
mas seu espírito
sempre presente...

Por isto, antes de me tornar ausente,
agrada-me cumprir o rito
de te desejar,
desde já,
um Feliz Natal,
muita festa, alegria e amor,
para você e todo seu pessoal,
e um Ano Novo muito melhor!


Um comentário:

DANIEL MORAES disse...

São os encontros e desencontros da vida, que transformam a vida nessa deliciosa experiência. Um abraço.

http://submundosemmim.blogspot.com

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